Mó é a primeira localidade do concelho de Proença-a-Nova a beneficiar de apoio municipal para reconversão de áreas florestais em áreas agrícolas nas faixas de gestão de combustível em redor do aglomerado populacional, foi hoje anunciado.
"O principal objetivo desta iniciativa é incentivar, por um lado, uma gestão conjunta do território, a única solução para a nossa floresta, e, por outro, permitir que os proprietários continuem a tirar alguma rentabilidade dos seus terrenos", explica, em comunicado, o presidente da Câmara de Proença-a-Nova, João Lobo.
O autarca deste município do distrito de Castelo Branco adianta que, nesta fase, já foi feito o levantamento em ortofotomapa das parcelas existentes nos cem metros da faixa de gestão de combustível de Mó, com a identificação de todos os proprietários, a maior parte deles não residentes na aldeia.
Na prática, todos os proprietários de terrenos localizados dentro dos cem metros da faixa de gestão onde ainda havia floresta uniram-se e agora o município irá mobilizar o solo e disponibilizar as árvores e arbustos que melhor se adequem às características da região.
Para outubro, está prevista a preparação dos solos e, até 30 de março, serão plantadas as árvores que irão criar as novas áreas agrícolas e contribuir para a proteção da aldeia, completamente envolvida por pinhais, resultado da regeneração do incêndio de 2003.
Este apoio diferenciador foi apresentado pelo presidente da Câmara de Proença-a-Nova no início do ano, tendo o respetivo projeto de regulamento sido publicado em Diário da República, em 26 de junho.
O autarca sublinha que qualquer outra aldeia do concelho poderá solicitar o mesmo apoio, cumprindo o definido no Regulamento de Apoio à Reconversão de Áreas Florestais em Áreas Agrícolas nas Faixas de Gestão de Combustível em redor dos Aglomerados Populacionais.
"Neste momento, temos uma outra localidade em que já há a concordância de todos os proprietários e em breve será feito o levantamento pelos técnicos do município. A minha expectativa é a de que outras aldeias equacionem a adesão a este projeto, até para que tenhamos massa crítica para o tornar um exemplo de boas práticas a nível nacional a que associaremos, no devido tempo, outras valências para a rentabilidade económica da terra", conclui.
Lusa