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Incêndios: Apoio a agricultores afetados por fogos de Mação, Vila de Rei e Sertã será semelhante ao de Pedrógão Grande

26/07/2019 às 00:00
DR: Antena Livre

O sistema de apoio aos agricultores afetados pelos incêndios que atingiram Vila de Rei, Sertã e Mação será semelhante ao utilizado em Pedrógão Grande em 2017, anunciou hoje o ministro da Agricultura.

Para além da ajuda de emergência à alimentação animal, o Ministério da Agricultura vai também dar apoios financeiros a todos os agricultores afetados pelos incêndios que deflagraram no sábado na região e que afetaram os concelhos de Vila de Rei e Sertã, no distrito de Castelo Branco, e de Mação, no distrito de Santarém.

Segundo Luís Capoulas Santos, foi acordado na reunião com os autarcas realizada hoje de manhã que "haverá um sistema de apoio que será semelhante" ao utilizado aquando dos grandes incêndios de 2017.

"Serão apoiados todos os prejuízos agrícolas: tratores, máquinas, equipamentos, culturas permanentes como vinhas, olivais ou pomares, animais, estábulos e armazéns", acrescentou o ministro, que falava aos jornalistas após uma visita ao local de distribuição de alimentação para animais que ficaram sem pasto devido ao fogo, situado na Zona Industrial do Carrascal, concelho de Vila de Rei.

Luís Capoulas Santos referiu que os apoios serão pagos a 100% até 5 mil euros de prejuízo, 80% entre 5 mil e 50 mil euros, e 50% entre 50 mil e 800 mil euros de danos provocados pelos fogos.

"Das informações que já chegaram do primeiro levantamento, excetuando três ou quatro casos com montantes mais elevados, a generalidade dos prejuízos por exploração será de montante relativamente baixo", disse.

Na perspetiva do ministro da Agricultura, os prejuízos por agricultor deverão estar próximos dos valores do incêndio de Monchique, em 2018, "em que a ajuda média rondou os três mil euros" por produtor.

300 A 400 AGRICULTORES AFETADOS EM MAÇÃO, VILA DE REI E SERTÃ

Trezentos a 400 agricultores foram afetados pelos incêndios que deflagraram no sábado e que atingiram Mação, Vila de Rei e Sertã, afirmou hoje o ministro da Agricultura.

A zona afetada pelos fogos caracteriza-se por ser uma região "de pequena e muito pequena agricultura", mas, apesar das explorações afetadas "serem muito pequenas" e individualmente os prejuízos "não serem muito elevados", haverá entre 300 a 400 agricultores afetados, disse Luís Capoulas Santos, que falava aos jornalistas após uma visita ao local de distribuição de alimentação para animais que ficaram sem pasto devido ao fogo, situado na Zona Industrial do Carrascal, concelho de Vila de Rei, distrito de Castelo Branco.

O ministro referiu que se estima haver 200 bovinos e cerca de 2.500 ovinos de 235 produtores que "terão necessidades alimentares", salientando que o trabalho de entrega de alimentação irá durar "até ser reposta a normalidade".

Para esta ajuda aos animais de pequenos produtores da região, foram doados alimentos do próprio Ministério da Agricultura, através da empresa pública agrícola Companhia das Lezírias, bem como da Associação dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais (IACA).

Segundo o secretário-geral da IACA, Jaime Piçarra, a instituição já tinha esta estrutura para dar resposta às necessidades dos animais, face ao apoio já prestado aos agricultores afetados pelos incêndios de 2017

De acordo com Jaime Piçarra, já foram entregues seis a sete toneladas de ração, esperando-se que as doações possam chegar às 18 ou 20 toneladas na próxima semana.

Luís Capoulas Santos frisou que, a partir de hoje, os agricultores afetados podem deslocar-se até ao centro de distribuição para receber a alimentação para os seus animais.

Lusa

 

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