As queimadas foram a principal causa dos incêndios investigados entre 01 de janeiro e 15 de agosto, segundo do último relatório provisório de incêndios rurais do Instituto de Conservação da Natureza e da Floresta (ICNF).
Os dados do relatório apontam que entre 01 de janeiro e 15 de agosto foram registados 7.670 incêndios rurais, o segundo mais baixo dos últimos dez anos.
Até 15 de agosto de 2018, segundo dados do relatório, as causas mais frequentes dos incêndios foram o uso do fogo – queimadas, com 66%, e incendiarismo – Imputáveis, com 14%.
Do total de 7.670 incêndios rurais verificados este ano, foram investigados e têm o processo de averiguação de causas concluído (63% do número total de fogos – responsáveis por 17% da área ardida).
“Destes, a investigação permitiu a atribuição de uma causa para 3.421 fogos (71% dos incêndios investigados – responsáveis por 14% da área ardida), é referido.
Segundo o relatório, até 15 de agosto foram registados 7.670 incêndios rurais que resultaram em 34.791 hectares de área ardida, entre povoamentos (19.377 hectares), matos (13.433) e agricultura (1.881).
Este ano foram registados menos 40% de incêndios rurais e menos de 49% de área ardida relativamente à média anual do período dos últimos dez anos, destaca o ICNF.
“O ano de 2018 apresenta, até ao dia 15 de agosto, o 2.º valor mais reduzido em número de ocorrências e o 5.º mais reduzido de área ardida, desde 2008”, é referido.
Ainda no que diz respeito à área ardida, o ICNF destaca que os incêndios com área ardida inferior a um hectare são os mais frequentes em 2018 (87% do total de incêndios rurais).
No que se refere a fogos de maior dimensão, até 15 de agosto existe apenas um incêndio com área ardida superior ou igual a 1.000 hectares (o de Monchique, distrito de Faro, que destruiu uma área de 26.763 hectares).
O incêndio rural, combatido por mais de mil operacionais, deflagrou em Monchique (no distrito de Faro) no dia 03 de agosto e foi dominado no dia 10, depois de afetar também o concelho vizinho de Silves e, com menor impacto, Portimão (no mesmo distrito) e Odemira (Beja).
Quarenta e uma pessoas ficaram feridas, uma das quais em estado grave.
O ICNF adianta também no relatório que até 15 de agosto registaram-se nove incêndios que resultaram em 28.685 hectares de área ardida, cerca de 82% do total.
De acordo com o documento, o distrito mais afetado em área ardida, é o de Faro com 26.642 hectares, cerca de 77% da área total, seguido de Santarém com 1.109 hectares (3% do total) e Braga com 1010 hectares (3%).
Quanto ao maior número de ocorrências, o relatório indica que ocorreram nos distritos do Porto (1.275), Braga (729) e Aveiro (693), sendo que são fogos maioritariamente de reduzida dimensão (não ultrapassam um hectare de área ardida).
Lusa