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Astronomia: Lirídeas ou Chuva de estrelas chegam a 21 e 22 de abril (c/áudio)

17/04/2025 às 11:10

Vem aí mais uma chuva de estrelas, que é como quem diz, umas noites em que a probabilidade de se poderem ver ais estrelas cadentes é mais elevada. Isto, claro, se as condições atmosféricas o permitirem, ou seja, se tivermos noites sem nuvens.

O pico da chuva de meteoros ocorrerá entre as noites de 21 e 22 de abril.

A chuva de meteoros Lirídeas é uma das mais antigas conhecidas, causada por pequenos fragmentos do cometa C/1861 G1 (Thatcher), cometa de longo período com uma órbita de cerca de 422 anos em redor do sol e só deverá regressar ao sistema solar interno em 2.283.

Apesar da Terra passar por esta zona de resíduos do cometa, a quantidade de meteoros não será tão abundante como as Perseidas que têm registo no mês de agosto.

A NASA deixou a indicação que a observação pode ser mais efetiva no hemisfério norte e que as melhores horas para observação são após o "nascimento" da Lua e antes do amanhecer.

Os meteoros devem ter origem na zona da constelação Lira, próximo da estrela Vega. Portanto, ao olhar para o céu deverá procurar esta constelação ou esta estrela.

O astrónomo Máximo Ferreira, explica que não será uma noite de fogo de artifício, mas que havendo boas condições de visibilidade podem avistar-se 50 meteoros por hora. E não são visíveis apenas nas imediações da constelação Lira, sendo aí o ponto originário dos grãos de areia cósmica podem ser avistados noutras zonas do céu.

O Centro de Ciência Viva de Constância estará aberto sábado à noite, até às 23 horas, e quem o visitar poderá ter mais algumas informações sobre esta “chuva de estrelas.”

Máximo Ferreira, astrónomo

Já agora fica a explicação que cada elemento químico destes meteoros tem uma cor característica quando é aquecido e ionizado ao entrar na atmosfera da Terra. Assim, os especialistas apontam a cor verde para a presença de níquel ou magnésio, o azul ou violeta pode indicar a presença de cálcio, o vermelho está associado a oxigénio atmosférico ou à presença de lítio enquanto o amarelo/dourado terá uma presença de sódio. Já o branco brilhante pode indicar a presença de vários elementos, mas geralmente mais rica em ferro ou silício.

A melhor forma de observar as estrelas cadentes será encontrar um lugar longe das luzes artificiais, como áreas rurais ou parques afastados das cidades. Pode deitar-se ou sentar-se de costas, com os pés voltados para o leste e olhar para o céu. Não é necessário utilizar telescópios, pois os meteoros são visíveis a olho nu.

Para além das Líridas há outros momentos para ver meteoros ou estrelas candentes.

As Perseidas podem ser observadas a 12 e 13 de agosto com cerca de 100 meteoros por hora. É de muito fácil observação com a radiante na constelação de Perseu.

As Leónidas acontecem a 17 e 18 de novembro com a radiante na constelação Leão.

Já a 13 e 14 de dezembro as Geminidas podem permitir ver até 120 meteoros. É considerada a mais consistente e intensa do ano e a radiante é na constelação de Gémeos.

 

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