O bancário socialista Mário Mourão assumiu hoje a liderança da UGT depois de um percurso politico-sindical de mais de 30 anos e com a intenção de aproximar a central sindical ao PS.
Depois de ter sido eleito, em novembro, secretário-geral da tendência sindical socialista (TSS), Mourão foi agora eleito, em congresso, secretário-geral da UGT para o próximo quadriénio, defendendo "o papel insubstituível" da central na luta contra os despedimentos e defesa dos direitos dos trabalhadores.
O novo secretário-geral da UGT defendeu, em entrevista à agência Lusa, um melhor relacionamento entre a tendência sindical socialista da central e o PS, considerando que “é tempo de se entenderem” e que é o líder certo para isso.
Outro dos desafios a que se propõe é dar mais relevo aos sindicatos que representam os trabalhadores do setor privado e prometeu que a regulação do teletrabalho será uma das suas bandeiras.
Para Mário Mourão, a UGT "é insubstituível na democracia e na sociedade portuguesas” e promete manter a sua principal caracteristica, que é privilegiar o diálogo, a negociação coletiva e a concertação.
Mário Mourão, 64 anos, é presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal (SBN), ex-Sindicato dos Bancários do Norte, desde 2005.
Iniciou a atividade bancária em 1976, ingressando nos quadros do Banco Espírito Santo, e em 1988 começou a dedicar-se ao sindicalismo. Era vice-presidente da UGT e membro do Secretariado Nacional da central sindical.
Foi deputado à Assembleia da República pelo Grupo Parlamentar do Partido Socialista, na X Legislatura, de outubro de 2009 a junho de 2011, integrando a comissão parlamentar de Defesa.
Foi coordenador da Federação Distrital do Porto do PS, mantendo-se atualmente na Comissão Política Nacional deste partido.
É membro da Associação de Auditores de Defesa Nacional e tem artigos publicados na Revista de Defesa Nacional, designadamente relativos a matérias sobre a cooperação com os países de expressão portuguesa.
Lusa