A Comunidade Intermunicipal (CIM) do Médio Tejo vai avançar com a elaboração de uma estratégia integrada de valorização e de desenvolvimento sustentável da bacia hidrográfica do Tejo.
Em comunicado, a CIM Médio Tejo afirma que o seu conselho intermunicipal aprovou, no passado dia 18 de fevereiro, a aquisição de serviços para, num prazo de sete meses, ser elaborada uma contextualização territorial e uma visão estratégica para o rio, que identifique os fatores críticos, estabeleça as linhas de orientação, objetivos, metas e projetos âncora.
É ainda pedido um programa global de plano de ação, bem como a definição de um modelo de governança, monitorização e acompanhamento do projeto, entre outros trabalhos.
“O rio Tejo é um dos mais relevantes ativos territoriais do Médio Tejo e um elemento patrimonial agregador deste território”, afirma a CIM Médio Tejo.
A nota adianta que este trabalho está integrado no âmbito da Estratégia Médio Tejo 2030.
“Considera esta CIM que, desde há vários anos, o rio Tejo tem tido um papel fundamental nas estratégias de desenvolvimento do território, enquanto agente precursor do desenvolvimento socioeconómico, com enfoque no turismo e lazer, nos produtos locais e na sustentabilidade ambiental”, acrescenta.
A CIM Médio Tejo – que integra os concelhos de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Sertã, Tomar, Torres Novas, Vila de Rei e Vila Nova da Barquinha – salienta que esta ação surge na continuidade das iniciativas de valorização económica do território em torno do rio, no âmbito dos últimos quadros comunitários de apoio.
A nota lembra que o rio Tejo é o mais extenso da Península Ibérica, nascendo em Espanha, na serra de Albarracim, e, após um percurso de cerca de 1.007 quilómetros, desagua no Oceano Atlântico, formando um estuário em Lisboa.
“A sua bacia hidrográfica é das mais importantes da Península Ibérica”, realça.
A CIM Médio Tejo havia já declarado, como uma das suas ações para este ano, a valorização do Tejo, em diversos domínios, de forma a que se torne “um atrativo turístico na região e que consiga alcançar uma classificação junto da Unesco” (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura).
No final de janeiro, foi aprovada a constituição de uma rede, com entidades públicas, privadas, associações outros interessados nesta temática, com o objetivo de ser “uma voz ativa para os problemas mais prementes” que o rio enfrenta.
Decidiu igualmente estabelecer contactos com a Comissão Nacional da Unesco para esclarecimentos e aconselhamentos sobre que tipo de classificação se poderá obter, bem como para a elaboração de um programa de ação.
Nessa reunião foi também decidido avançar com a elaboração de “um plano para a promoção de atividades de animação ribeirinha, para atrair as populações ao rio Tejo e para tornar este recurso um atrativo turístico”.
Lusa