O Museu Ibérico de Arqueologia e Arte (MIAA) instalado no Convento de S. Domingos, em Abrantes, e inaugurado a 8 de dezembro de 2021 acabou de ser distinguido com o Prémio Nuno Teotónio Pereira 2022. O equipamento conquistou o galardão na vertente de Reabilitação Urbana de Edifício de Equipamento, do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU).
De acordo com uma informação do município, a cerimónia de entrega das distinções aconteceu esta segunda-feira, 30 de janeiro, no Museu da Eletricidade, em Lisboa. A representar o município de Abrantes esteve o vice-presidente da Câmara Municipal, João Gomes, que recebeu o galardão. Na cerimónia estiveram igualmente presentes a Secretária de Estado da Habitação, Fernanda Rodrigues, e a Presidente do IHRU, Isabel Dias.
O MIAA tem o projeto de requalificação do Convento de S. Domingos assinado pelo arquiteto João Luís Carrilho da Graça com a museografia da autoria do designer Nuno Gusmão e museologia de Fernando António Batista Pereira e de Luiz Oosterbeek. Já o projeto de paisagismo é assinado pelo arquiteto paisagista João Gomes da Silva, tendo a empreitada sido executada pela empresa Teixeira, Pinto & Soares, S.A.
De acordo com uma nota do Município de Abrantes “o Prémio Nuno Teotónio Pereira é o mais antigo no setor do imobiliário em Portugal e visa a atribuição de distinções de prestígio em duas vertentes: a da reabilitação urbana e a de trabalhos de produção científica, premiando os bons exemplos e incentivando as boas práticas na requalificação das cidades.”
De referir que na edição de 2022, foram apresentadas 55 candidaturas, 45 das quais na vertente de Reabilitação Urbana e 10 na vertente de Trabalhos de Produção Científica.
Ainda segundo a mesma informação a vertente de Reabilitação Urbana do Prémio Nuno Teotónio Pereira tem como “objetivos valorizar e promover o trabalho realizado por projetistas, construtores e promotores, tanto públicos como privados, ao nível da reabilitação urbana, bem como promover as boas práticas e divulgar as melhores intervenções na perspetiva técnico-económica, o interesse dos cidadãos em geral pela preservação e revitalização do património habitacional e das áreas urbanas.”
O MIAA tem nas suas diversas salas centenas de peças que reconstituem contextos históricos variados, num arco cronológico que vai da pré-história à arte contemporânea. O Município cataloga-o como “um museu interdisciplinar que integra peças do acervo municipal de arqueologia e arte do Município de Abrantes, bem como espólio de pintura e desenhos da pintora Maria Lucília Moita e parte da Coleção Estrada, propriedade da Fundação Ernesto Lourenço Estrada, Filhos. No MIAA, encontra-se ainda a Coleção de Arte Contemporânea Figueiredo Ribeiro e um conjunto de outras salas que acolhem exposições temporárias.”
De notar ainda que a Rede de Museus de Abrantes, em que o MIAA assume um papel de liderança, de acordo com a autarquia, inclui o Panteão dos Almeida (vencedor dos prémios “People´s Choice Award 2022” e “Interior Exhibition & Museum”, em 2022), o Museu MDF – Metalúrgica Duarte Ferreira, em Tramagal (Prémio Museu do Ano em 2018), quARTel – Galeria Municipal de Arte e, em breve, o Museu de Arte Contemporânea Charters de Almeida, a instalar no Edifício Carneiro, cuja obra se encontra em fase de conclusão.