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Abrantes: Ministro conheceu o Apoio Militar de Emergência e viu como funciona

9/07/2024 às 11:05

Depois de uma manhã a ver tecnologias militares e civis com aplicações militares, no ARTEX, no Campo Militar de Santa Margarida, o ministro da Defesa, Nuno Melo, esteve cerca de uma hora no RAME, em Abrantes, onde pode conhecer melhor o Apoio Militar de Emergência. O governante ficou a conhecer, ao pormenor, esta unidade militar que tem como missão o apoio militar a catástrofes, sejam elas naturais ou não. E uma das maiores incidências é, todos os anos, o empenhamento de meios na prevenção ou combate aos fogos florestais.

Nuno Melo, ministro da Defesa, ​​​​​​​​​Ana Isabel Xavier, secretária de Estado da Defesa, e Manuel Jorge Valamatos, presidente da Câmara de Abrantes, estiveram acompanhados pelo ​Vice-Chefe do Estado-Maior do Exército, Tenente-General Paulo Pereira, e pelo comandante do Regimento de Apoio Militar de Emergência (RAME), Coronel Tiago Lopes.

E foi o vice-CEME que, à entrada do centro de comando da unidade e que opera os meios em todo o território nacional, explicou o trabalho importante deste regimento, um dos mais recentes do exército. E foi criado precisamente pela necessidade cada vez mais urgente em dar resposta aos novos desafios do tempo atual. Quer seja com as alterações climáticas e eventos cada vez mais violentos relacionados com o clima, quer sejam os incêndios que a cada verão constituem um problema no mediterrâneo, quer sejam eventuais terremotos ou ameaças biológicas, ou bioquímicas. Há uma resposta, que tem de ser pronta, e que pode não ser com armas ou com equipamento bélico.

Ministro da Defesa, secretária de Estado e Vice-CEME

É nesse âmbito que o sistema de informação geográfica do Exército tem vindo a desenvolver software que permita na sala de comando de Abrantes possa haver, na hora e com um olhar, a situação do país em tempo real. Ou seja, que o comando possa avaliar os níveis de risco do país para, eventualmente, poder haver antecipação de decisões, mesmo antes do Serviço Nacional de Proteção Civil o exigir.

E coube ao tenente-coronel Marco Gomes, comandante das operações de apoio militar, explicar de que forma é que o exército pode atuar.

Desde logo foi apresentado ao ministro e à secretária de Estado quais são as unidades que o exército dispõe, espalhadas pelo país, por diversas unidades, e que podem ser mobilizadas para um teatro de operações. E os meios não se concentram apenas nas equipas de vigilância das florestas ou em pelotões que podem apoiar o rescaldo de incêndios florestais.

As valências do Apoio Militar de Emergência incluem o Comando, Controlo e Comunicações; a Engenharia Militar; o Apoio Sanitário e Intervenção Psicológica; o Reabastecimento e Serviços; a Manutenção e Transportes; o Apoio ao Combate de Incêndios; a Segurança e Vigilância; a Busca e Salvamento Terrestre e a Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica.

Nuno Melo teve ainda a oportunidade de poder ver a sala e comando em funcionamento, sendo que no dia da visita, o exército tinha equipas de vigilância de incêndios em Murça e no Algarve. E percebeu a forma como o Exército colabora nesta área em concreto, sendo certo que as equipas, quando deslocadas para um teatro de operações, não fazem combate direto. Ou fazem vigilância e prevenção, ou então cão chamados a ajudar para trabalhos de rescaldo. Mas há mais meios que podem ser empenhados, como máquinas de rasto. E é aqui que, afirmou o Tenente-General Paulo Pereira há uma “antecipação de eventuais saídas para o terreno. Se no comando percebermos que há uma situação grave ou com tendência a agravar, podemos antever que seremos chamados pela Proteção Civil e podemos ter os meios posicionados, para mais fácil agilização, quando necessário.”

Há um conjunto de valências do Apoio Militar de Emergência que poderão igualmente estar em prontidão para as necessidades. E é em Abrantes que se faz esse planeamento e se propõe ao comando as ações necessárias para agilizar o apoio, após pedido da Proteção Civil.

E o tenente-coronel Marco Gomes deu outro exemplo apontando ao sistema do Exército. Se há previsão de uma onda de calor em determinados distritos ou concelhos, pode haver de imediato o pré-posicionamento de meios para esses locais, eventualmente com riscos mais elevados.

A UAME [Unidade de Apoio Militar de Emergência]

A UAME está espalhada por diversas unidades em todo o território nacional e tem centro de comando em Abrantes. É a unidade de comando e gestão dos recursos humanos, materiais e financeiros postos à sua disposição. Tem como missão organizar, treinar e manter A Unidade de Apoio Militar de Emergência (UAME), o destacamento CIMIC do Exército (DestCIMICEx) e o elemento do Comando da Companhia Geral CIMIC (ElCmdCGerCIMIC).

Para além de ser um Centro de Formação Permanente, no âmbito do sistema de formação do Exército, ministra cursos e estágios de formação na área do Apoio Militar de Emergência.

Para além de funções militares tem ainda a possibilidade de prestar cuidados de saúde de proximidade, através da Unidade de Saúde, aos militares do Exército, e na sua capacidade sobrante a outros utentes de acordo com as diretivas superiores e ao abrigo de protocolos estabelecidos e de colaboração em ações de apoio ao desenvolvimento e bem-estar da população, conforme lhe for determinado. A UAME depende do Comando​​ das Forças Terrestres do Exército.

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