A Unidade Local de Saúde do Médio Tejo (ULS Médio Tejo) apresentou o seu "Plano Local de Saúde 2024-2030" (PLS 2024-30), um marco fundamental na abordagem à saúde da região.
O evento de lançamento, que decorreu em Tomar, na sede da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, reuniu figuras-chave da região, incluindo autarcas, parceiros da ULS, profissionais de saúde e outros intervenientes com responsabilidades na promoção da saúde.
Este plano estratégico, pioneiro na região e o primeiro a ser aprovado em toda a região de Lisboa e Vale do Tejo após a reforma organizacional do SNS de 2024, tem como objetivos orientar a ação e apoiar a tomada de decisão no setor da saúde, com base nos princípios da colaboração, parceria e intersetorialidade. O documento foi elaborado “com a participação e o compromisso da comunidade, unida na construção de um futuro mais saudável para a região”. “Um documento potente que permite tomar medidas, a vários níveis, para resolver os problemas que foram identificados como os mais importantes na nossa região”, declarou José Manuel Cunha, coordenador da Unidade de Saúde Pública do Médio Tejo.
O PLS 2024-2030 define estratégias inovadoras, focadas nos principais desafios de saúde identificados e priorizados. O cancro da traqueia, brônquios e pulmão, as doenças cerebrovasculares, o cancro de mama, o suicídio e os acidentes de viação são os cinco maiores problemas da região.
O PLS 2024-2030 prevê a definição de planos de ação específicos, que vão envolver a promoção da saúde, a prevenção da doença, o tratamento e reabilitação e, também a investigação.
O Plano será implementado de forma gradual, com o envolvimento de toda a comunidade e a participação de diversos parceiros, de distintos setores. Paulo Luís, porta-voz do Grupo de Trabalho da Unidade de Saúde Pública da ULS Médio Tejo, que foi a entidade responsável pela sua elaboração, explicou que "este plano é um ponto de partida e não um destino final”. O responsável acrescentou que vão “monitorizar e adaptar o plano, sempre que necessário, para responder às necessidades da comunidade e às novas evidências científicas. Estamos comprometidos em aprender, ajustar e melhorar qualquer uma das estratégias, para garantir que o plano tem o maior impacto possível na saúde e bem-estar da população do Médio Tejo”.
O Grupo de Trabalho da Unidade de Saúde Pública da ULS Médio Tejo foi composto por Paulo dos Santos Luís, Carlos Pinto, Fernando Nogueira, Filipa Serra, Joni Mota, Maria José Mota, Paula Custódio e Paula Gama. Ou seja, também fazem parte “elementos dos Cuidados de saúde Primários e Hospitalares, numa visão integrada da prestação de cuidados que existem hoje em dia nas Unidades Locais de Saúde”, explicou Paulo Luís.
O PLS está “alinhado com o Plano Nacional de Saúde para 2024-2030” mas o médico especialista de Saúde Pública disse que este Grupo de Trabalho foi mais além porque “convidámos uma lista de parceiros institucionais para trabalharem connosco na priorização de problemas e na definição de estratégias”. Na lista de parceiros consta o Comando de Emergência e Proteção Civil Sub-Regional do Médio Tejo, a Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo, a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, a Equipa de Tratamento de Abrantes - CRI Ribatejo, a Guarda Nacional Republicana, o Instituto da Segurança Social, a Polícia de Segurança Pública e a União das Misericórdias Portuguesas.
“É um documento feito no Médio Tejo, para o Médio Tejo, pelas forças vivas do Médio Tejo” que teve em conta as variáveis da “severidade, magnitude, transcendência e vulnerabilidade”. Identificados os problemas, foram definidas estratégias “para chegarmos às causas dos problemas. É que é mais fácil resolver os problemas a montante do que a jusante, ou seja, quando eles ainda são pequenos”, disse Paulo Luís. E quais são os determinantes que estão na base dos 10 principais problemas de saúde na região?
Fazer melhores escolhas está na mão de cada um e é também isso que esperam os especialistas que não esqueceram que, para além da “promoção da saúde e prevenção da doença”, há, claro, “o tratamento e a reabilitação”.
Casimiro Ramos, presidente do Conselho de Administração da ULS Médio Tejo, fez saber, em comunicado que "este plano não é apenas um conjunto de intenções, mas sim um compromisso com resultados concretos e mensuráveis. Traçámos indicadores claros e transparentes para avaliar o impacto das ações que serão implementadas. Só assim garantimos que o plano vai fazer a diferença na vida das pessoas".
O responsável sublinhou ainda que "acreditamos que a saúde é um direito de todos e uma responsabilidade de todos. Por isso, este plano foi construído com a participação da comunidade e será monitorizado com transparência. Estamos confiantes de que este plano, com a sua abordagem estratégica, o seu foco nos principais desafios de saúde e o seu compromisso com a monitorização contínua, será um instrumento determinante e transformador da saúde no Médio Tejo".
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