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Plantar árvores e até dar-lhes nome a partir de agora nos correios

23/08/2018 às 00:00

Os portugueses podem, nos próximos meses, “plantar" um sobreiro ou uma azinheira e até dar-lhes um nome e seguir a sua evolução, aderindo à iniciativa "Uma árvore pela floresta", que junta a associação ambientalista Quercus e CTT.

A iniciativa, este ano em quinta edição, é hoje apresentada e tem como objetivo florestar com espécies autóctones áreas protegidas e matas nacionais do país, especialmente em zonas mais afetadas pelos incêndios.

Em mais de 400 lojas CTT de todo o país, ou mesmo na internet, vão estar à venda dois "kits" de sobreiro ou azinheira. Por cada venda a organização ambientalista é informada e na próxima primavera planta todas as árvores vendidas, seja em zonas ardidas seja em zonas classificadas.

Segundo a Quercus desde o início do projeto já foram plantadas 80 mil árvores.

"Através da colaboração com várias entidades e voluntários, colhem-se sementes para produzir plantas, plantam-se árvores e arbustos, cuidam-se de bosques, previnem-se os fogos florestais e promove-se a educação ambiental através da preservação da biodiversidade e da floresta", diz o presidente da Quercus, João Branco, citado num comunicado da Quercus.

Os compradores de árvores podem registá-las em seu nome e irão depois receber informações sobre o seu desenvolvimento e sobre o local onde foi plantada. A árvore é cuidada durante cinco anos.

O projeto ganhou em 2015 o prémio Green Project Awards na categoria "Iniciativa de Mobilização". O prémio tem como objetivo mobilizar a sociedade para o desenvolvimento sustentável. Também ganhou em 2016 o prémio Ambiente da PostEurop, uma organização afiliada das Nações Unidas.

A edição deste ano tem a contribuição dos estudantes do mestrado em Design e Publicidade do IADE-Universidade Europeia.

A Quercus diz na página da internet sobre a iniciativa que em Portugal grande parte da floresta natural desapareceu ou está muito alterada, sendo já raras algumas das árvores autóctones, e salienta que a floresta autóctone portuguesa, por norma, é mais resistente ao fogo do que os "povoamentos artificiais de espécies exóticas, quase sempre instalados com recurso a uma única espécie".

Lusa

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