A Plataforma pela Reposição das Scut na A23 e A25 reconheceu hoje a oportunidade da medida anunciada pelo Governo da redução das portagens para as empresas do Interior, mas adiantou que mantém um protesto para Lisboa.
"A Plataforma pela reposição das SCUT reconhece a oportunidade da medida ontem [segunda-feira] anunciada para veículos de mercadorias nos territórios de baixa densidade, tanto mais que ela só surge em resultado da pressão que temos desenvolvido", refere a Plataforma em comunicado enviado à agência Lusa.
O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, anunciou, na segunda-feira, que as empresas que se localizem e tenham atividade no Interior podem ter uma redução até 80% nas taxas de portagem.
"A redução total das portagens que se pode alcançar, em relação aos preços que existiam em 2016, é da ordem dos 80%, em particular para as empresas que se fixem nos territórios de baixa densidade", referiu o governante.
Pedro Marques explicou que serão aplicados novos descontos "a todas as empresas que utilizem as autoestradas do Interior".
Apesar das medidas anunciadas pelo Governo, a Plataforma sublinha que vai continuar mobilizada contra aquele que é o maior custo de contexto das regiões atravessadas pela A23, A24 e A25: o custo associado às portagens.
"Prejudicam fortemente a mobilidade de pessoas, turistas e bens num território sem alternativas viárias às Scut", sustentam.
Neste âmbito, reafirma a decisão de realizar uma ação pública, em Lisboa, no dia 22 de setembro, contra as portagens na A23 e na A25.
"Não reconhecer esta realidade é manter um cenário de desemprego, desinvestimento e, pior do que isso, ser cúmplice de um nível de sinistralidade elevado pela utilização permanente de estradas secundárias. Por isso, a Plataforma manterá a pressão que tem vindo a desenvolver", concluem.
A Plataforma de Entendimento para a Reposição das Scut na A23 e A25 integra sete entidades dos distritos de Castelo Branco e da Guarda, nomeadamente a Associação Empresarial da Beira Baixa, a União de Sindicatos de Castelo Branco, a Comissão de Utentes Contra as Portagens na A23, o Movimento de Empresários pela Subsistência pelo Interior, a Associação Empresarial da Região da Guarda, a Comissão de Utentes da A25 e a União de Sindicatos da Guarda.
Lusa