O município de Proença-a-Nova, no distrito de Castelo Branco, tem em curso trabalhos de limpeza florestal e controlo de espécies invasoras em três áreas estratégicas do concelho.
“O abandono humano destes locais levou a uma acumulação desordenada de combustível que se encontra fortemente ameaçada pela grande probabilidade de destruição por incêndio, contudo com uma intervenção adequada, pode-se transformar estes mosaicos numa mancha florestal de alto valor ambiental, que condiciona o comportamento dos incêndios e a sua progressão”, referiu, em comunicado, a Câmara de Proença-a-Nova.
Os trabalhos de limpeza florestal e controlo de espécies invasoras decorrem em três áreas estratégicas do concelho, “que pelo seu valor paisagístico, ecológico e turístico, podem condicionar o comportamento e a propagação dum incêndio na paisagem e minimizar o seu impacto”.
Segundo a autarquia, estas intervenções estão a ser feitas no âmbito de uma candidatura ao Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020 - Prevenção da floresta contra agentes bióticos e abióticos, numa área total aproximada de 498,47 hectares.
“A gestão de invasoras lenhosas assenta num processo continuado, que implica uma estratégia a médio e longo prazo, contemplando quatro intervenções com técnicas e métodos diferentes, sendo cada uma das intervenções adequada ao estado de desenvolvimento da acácia e que decorrerá até ao final de 2024”, referiu o município.
Em duas destas áreas de intervenção, na Serra das Talhadas e Ribeira do Vale da Ursa, estão a ser realizados trabalhos de desbaste, desramação, podes de medronheiro e sobreiro e controlo da vegetação arbustiva (matos), “com o objetivo de aumentar a resiliência aos incêndios florestais”.
Na outra, junto à Estrada Nacional 233, na freguesia de Montes da Senhora, pretende-se erradicar e controlar o avanço da espécie exótica e invasora acácia mimosa “que coloca seriamente em risco o desaparecimento das espécies existentes”.
Câmara de Proença-a-Nova realça ainda que numa zona sem cadastro que pertence a inúmeros proprietários, “é praticamente irrealizável uma ação integrada”.
Contudo, sublinha que esta ação “servirá de elemento agregador na instalação dos Mosaicos de Parcelas de Gestão de Combustível, aumentando a resiliência aos incêndios para restabelecer o potencial florestal”.
Lusa