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RAME em Dia da Unidade recebeu novo comandante e condecorou presidente da Câmara de Abrantes (com áudio)

21/11/2019 às 00:00

Foi três em um. Num dia e numa única cerimónia o Regimento de Apoio Militar de Emergência (RAME) assinalou o seu Dia da Unidade (3º aniversário), promoveu o Juramento de Bandeira do 8º curso de Praças do Exército português e fez a transferência de comando, sendo o Coronel de Infantaria Mário Alvares substituído pelo Coronel de Infantaria Luís Fernando Barroso. Neste mesmo dia o Chefe do Estado Maior do Exercito agraciou o presidente da Câmara de Abrantes com a Medalha D. Afonso Henriques assim como a equipa de comando cessante.

A manhã começou, em festa, com a presença de muitos convidados, essencialmente muitos comandantes de unidades militares que se associaram ao Dia da Unidade do mais recente regimento do exército português.

O General José Nunes da Fonseca, Chefe do Estado Maior do Exército, presidiu às cerimónias tendo começado por, com o presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, depositado uma coroa de flores junto ao monumento que honra os militares mortos em combate.

Depois seguiu-se a cerimónia militar, na parada do RAME, de Juramento de Bandeira e de transmissão de comando da unidade.

Cerimónia de homenagem aos militares mortos em combate

CEME faz a revista às tropas em parada

 

O Coronel Mário Alvares fez o seu último discurso enquanto comandante, antes da tomada de posse do seu sucessor, Coronel Luís Fernando Barroso.
No púlpito da parada e perante os militares em sentido Mário Alvares, com muita emoção à mistura no início da alocução citou o filósofo Arthur Schopenhauer “apenas dois caminhos conduzem à fama, alcançada pela realização de feitos extraordinários: as ações e as obras. Um grande coração é a qualificação especial para o caminho das ações e uma grande mente para o das obras.”

Mário Alvares fez os agradecimentos na despedida pública do cargo de comandante do RAME. Dirigiu-se ao Chefe do Estado Maior do Exército e ao presidente da Câmara de Abrantes, aos presidentes das câmaras de Mação e Vila de Rei e ainda ao presidente da Assembleia Municipal de Abrantes.

O comandante do RAME destacou o trabalho desenvolvido pelo RAME, na área da emergência e promovendo as capacidades para o apoio de emergência. A consolidação do quadro de pessoal e a aquisição de equipamento necessário às funções que desempenha no país são um dos exemplos. Depois virou-se para um balanço da atividade do RAME, num balanço rápido de 2019 ficou vincado o reforço e o âmbito da sua atividade: “Cerca de 870 mil quilómetros percorridos em ações de prevenção de incêndios florestais, percorrendo territórios de 147 concelhos. O emprego de pelotões de rescaldo, de destacamentos de engenharia e de módulos de alimentação no apoio ao combate aos fogos rurais, nomeadamente nos incêndios de Vila de Rei e de Mação, ou a formação em operações de rescaldo são um exemplo do trabalho desenvolvido.”

Mário Alvares revelou que os números e ações de balanço não se confinam à unidade sediada em Abrantes, pois teve uma abrangência a outras unidades militares do Exército.

Para além do apoio à emergência há outras duas áreas em que o RAME tem mantido uma grande atividade: ações de apoio à comunidade e formação geral de Praças para o Exército português.

Nas áreas de apoio à comunidade destacou os cursos de liderança, em parceria com o Rotary Clube de Abrantes, e ainda a realização de sessões de apoio de hipoterapia com os agrupamentos de escolas de Abrantes e Sardoal. Já na formação militar, desde 2017, foram formados pelo RAME 826 militares. Nesta cerimónia juraram bandeira 32 Praças do 8º curso.

De seguida direcionou o discurso para os militares que iriam jurar bandeira daí a alguns minutos e para os familiares que assistiam ao evento.

Sempre com um discurso positivo, afirmou não ter dúvidas que “os vossos filhos são hoje jovens com valores morais reforçados e com objetivos para o futuro mais bem definidos”.

E desejou aos novos soldados que “continueis a acreditar nas vossas capacidades” e, em modo de conclusão pediu “nunca se esqueçam que o sucesso é conseguir o que se quer e a felicidade é gostar do que se conseguiu”.

E concluiu: “O futuro do apoio militar de emergência será sempre um projeto em aberto, que se definirá todos os dias, crescendo e adaptando-se em função daquilo que sejam as necessidades que essa realidade exige. (…) Acima de tudo, agir para continuar a ter grandes ideias como parte de um desafio constante em pensar diferente, abrindo assim portas para novas oportunidades focadas na credibilidade e na valorização do que fazemos”.

Discurso emotivo de despedida do Coronel Mário Alvares

Depois chegou outro momento, com a condecoração do presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, com a Medalha de D. Afonso Henriques, o maior grau de distinção do Exército.

“Considerando a sua permanente disponibilidade, comprometimento institucional e sentido de serviço público, proporcionando e dinamizando a participação ativa do RAME no apoio social, ambiental, cultural e desportivo da edilidade, ações que permitiram reforçar a disponibilidade do Exército na realização de missões relacionadas com a satisfação das necessidades e qualidade de vida das populações. (…) colaboração em diversas atividades e eventos do RAME (…) sentido patriótico e uma inexcedível vontade em manter uma estreita ligação com a Instituição Militar.” E depois o General José Nunes da Fonseca condecorou o presidente da Câmara de Abrantes com a Medalha de D. Afonso Henriques – Mérito do Exército.

No seguimento desta condecoração foram ainda condecorados o segundo comandante do RAME Tenente Coronel António Ferreira, o adjunto do comandante, Sargento Mor Paulo Rainho, e o primeiro-cabo Cardoso.

  

CEME condecora o presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos

Medalha de D. Afonso Henriques - Mérito do Exército

Depois seguiu-se o juramento de bandeira, numa cerimónia de grande emoção para os 32 praças que juraram servir o Exército, a Bandeira e a Pátria e para os seus familiares.

Ainda antes do Chefe do Estado Maior do Exército (CEME), General José Nunes da Fonseca, usar da palavra tomou posse o novo comandante do RAME, Luís Fernando Barroso. Coronel de Infantaria, vem da Academia Militar e é natural de Porto de Mós. Casado e com duas filhas, assume o comando do RAME depois de servir o exército na formação de táticas e operações militares e depois de ter desempenhado as funções de segundo comandante do Regimento de Infantaria Nº 1 de Beja.

Jurou o compromisso, assinou a posse e depois recebeu o Estandarte Nacional das mãos do comandante das Forças Militares Terrestres, como ato formal da posse do novo cargo.

Início da Cerimónia de Juramento de Bandeira, com o posicionamento do Estandarte Nacional 

Juramento de Bandeira dos 32 Praças o 8º Curso

Coronel Luis Fernando Barroso e Tenente-Coronel Mário Alvares, novo e antigo comandantes do RAME

 

Juramento do Coronel Luis Fernando Barroso na tomada de posse cmo comandante do RAME

  

 Tomada de posse do novo Comandante do RAME, Coronel Luís Fernando Barroso

José Nunes da Fonseca vincou o trabalho das várias unidades do Exército e o papel fulcral do RAME no planeamento, integração e seguimento dos meios: “No apoio ao combate de incêndios, merecem destaque as ações de patrulhamento, vigilância, prevenção, deteção e rescaldo enquadradas pelos sistema de gestão integrada de fogos rurais. Noutras catástrofes naturais, uma intervenção completa [do RAME] poderá incluir, numa perspetiva alargada, transporte terrestre das populações afetadas, organização e execução do lançamento de carga aérea, ou até a deteção, identificação, monitorização, proteção, descontaminação e gestão de perigos e riscos dos agentes do tipo nuclear, biológico, químico e radiológico”.

O General José Nunes da Fonseca disse ainda que nesta área poderão ser empregues os meios da engenharia militar ou o transporte de matérias perigosas. Depois referiu-se ao empenhamento da unidade no exercício militar que decorreu em Idanha-a-Nova, que testou as capacidades dos militares sediados em Abrantes, ao nível do terreno, mas também no comando de operações.

 

O CEME direcionou também o seu discurso para a formação militar que tem patenteado a qualidade, rigor e exemplo.

Para fechar o discurso o General José Nunes da Fonseca reconheceu o trabalho de comando do Coronel Mário Alvares, patenteado nos resultados apresentados e desejou os maiores sucessos ao novo comandante, Luís Fernando Barroso.

E fechou pedindo a todos, no RAME, para honrarem a sua divisa “A União faz a Força”.

Depois do desfile das tropas em parada seguiu-se uma visita à exposição de meios do Regimento de Apoio Militar de Emergência que, desta forma, assinalou o seu Dia da Unidade e recebeu o novo comandante.

 

 

CEME General José Nunes da Fonseca

  

 

 

 

 

 

 

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