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MUSP: Semana de luta mostrou ausência de investimento em infraestruturas no distrito de Santarém

15/04/2023 às 10:44

O Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) do Distrito de Santarém faz um balanço positivo da semana de luta por melhores acessibilidades e mobilidade, que deu visibilidade à “ausência de investimento e de manutenção de infraestruturas” na região.

Rui Raposo, do MUSP Santarém, disse à Lusa que as iniciativas desenvolvidas ao longo da semana, que culminaram ontem com ações em Torres Novas, para denunciar o mau estado das vias do concelho, e em Santarém, em protesto pelo deficiente transporte público rodoviário, vêm “ao encontro daquilo que são preocupações e aspirações das populações em diversas áreas”.

“O que está, fundamentalmente, em causa é a ausência de investimento e de manutenção de infraestruturas e de equipamentos ao nível das acessibilidades e dos transportes, que fazem com que as populações reclamem uma correção dessa situação”, salientou.

Dando o exemplo do buzinão que decorreu ao final da tarde de quinta-feira em cinco localidades atravessadas pela Estrada Nacional 118, na margem esquerda do Tejo, Rui Raposo afirmou que foram muitas as pessoas que aderiram à iniciativa, com várias a sugerirem o lançamento de um abaixo-assinado ao Governo “para reclamar a modernização e a requalificação” desta via.

Ao longo da semana, o movimento promoveu iniciativas em Entroncamento, Tomar, Torres Novas, Santarém, Abrantes, Benavente, Salvaterra de Magos, Almeirim, Alpiarça, que abrangeram temas como os problemas sentidos pelas populações em estradas nacionais e municipais, a escassez e falta de qualidade na resposta dos transportes públicos rodoviários e ferroviários ou a cobrança de portagens em autoestradas onde não existem alternativas de qualidade.

As ações desenvolvidas incluíram, além do buzinão, distribuição de comunicados e contactos com as populações no Entroncamento, em defesa da modernização da estação ferroviária e da coordenação com o transporte rodoviário, e em Santarém, em protesto pela deficiente rede de carreiras, de ligação entre a cidade e as zonas rurais e entre transporte rodoviário e ferroviário, bem como dos transportes urbanos.

Em Tomar foi divulgado um documento sobre a “abolição de portagens na A13” e realizada uma reunião com o Agrupamento de Centros de Saúde do Médio Tejo sobre acessibilidades e mobilidade entre unidades de saúde e em Torres Novas o protesto visou a degradação das vias do concelho.

Rui Raposo afirmou que foi já entregue ao ministro das Infraestruturas um abaixo-assinado com mais de 12.000 assinaturas a reclamar a eliminação das portagens na A23.

Segundo o dirigente do MUSP Santarém, podem vir a ser desenvolvidas outras ações, dando o exemplo da situação da ponte da Chamusca, que tem a decorrer a recolha de assinaturas, sendo objetivo que a petição a entregar na Assembleia da República chegue às 7.500 assinaturas para haver discussão em plenário.

Ao nível local, em Santarém foi proposta a recolha de assinaturas para exigir, junto do município, a melhoria da circulação de peões na entrada Norte da cidade, que se faz “em condições muito deficientes, em termos de segurança”, disse.

Lusa

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