O incêndio que deflagrou na segunda-feira numa fábrica de paletes de madeira em Tomar, distrito de Santarém, não afetou a linha de montagem e hoje decorrem trabalhos de rescaldo e consolidação, disse à agência Lusa a presidente da Câmara.
“Aquilo que podemos observar é que a linha de montagem não foi afetada e isso dá-nos boas indicações de que a fábrica poderá continuar a laborar”, disse Anabela Freitas sobre os danos causados pelo incêndio, que foi dado como estando em resolução cerca da meia-noite.
A autarca acrescentou que o levantamento dos danos só poderá ser feito assim que for possível entrar melhor nas instalações e disse que ainda se desconhecem as causas do incêndio, aguardando-se o relatório da Polícia Judiciária e da Polícia de Segurança Pública, entidades que estiveram no local para apurar a origem do fogo.
“Decorreram trabalhos durante toda a noite e permanecem no local várias equipas em trabalhos de rescaldo e consolidação que se prevê que durem todo o dia e se prolonguem na próxima madrugada. Estão também máquinas da empresa a espalhar resíduos para melhor combater e arrefecer os pontos quentes — estamos a falar de madeira, que é um material com uma carga térmica muito elevada”, relatou Anabela Freitas.
A presidente da Câmara explicou que “o que se pretende é evitar que haja reacendimentos durante a tarde de hoje, período em que as temperaturas vão subir e em que o vento vai ter alguns picos de maior intensidade”, como aconteceu na véspera.
A fábrica, que emprega 40 trabalhadores, está encerrada para férias até final do mês e apenas alguns empregados têm estado a ultimar encomendas para entrega, não se sabendo para já quando poderá voltar a laborar.
No combate ao fogo, cujo alerta foi dado pelas 18:20 de segunda-feira, estiveram 84 operacionais apoiados por 29 viaturas e um meio aéreo que, “atendendo às características do incêndio, não fazia combate direto, mas proteção de zonas no perímetro”. Durante a manhã de hoje, permaneciam algumas equipas no local.
Uma das preocupações na segunda-feira foi evitar que as chamas se propagassem a outros locais, nomeadamente um lar de idosos próximo da fábrica, uma vez que as instalações se situam no perímetro urbano de Tomar.
Lusa