As trabalhadoras de limpeza industrial da empresa Operandus, que exercem a sua atividade na Unidade Hospitalar de Abrantes, estão em greve de 24 horas, esta segunda-feira .
A ação de protesto foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Atividades Diversas (STAD). Esta paralização aconteceu unicamente em Abrantes e tem como reivindicações “a aplicação a todos os trabalhadores do acordo de condições específicas, pela atualização do subsídio de alimentação, pelo pagamento do subsídio de transporte igual ao valor do passe social de Lisboa, pelo pagamento de um subsídio de risco, pelo cumprimento do Contrato Coletivo de Trabalho (CCT/STAD), contra a falta de respeito das chefias hierárquicas e contra a repressão e intimidação”.
Vivalda Silva, do STAD explicou, no local, que a ação teve a incidência em Abrantes por via da chefia da empresa, que “assume uma pressão muito forte sobre as funcionárias”. A sindicalista explicou que há casos de demissões, outros de baixa psicológica entre as funcionárias de limpeza no Hospital de Abrantes porque não aguentam a pressão da chefia que “as impede de falar com outros empregados do hospital ou até, nalguns casos, de poderem conviver entre elas”. Nos hospitais de Tomar e Torres Novas, locais onde a empresa também labora, as reivindicações são de ordem salarial e de equiparação aos funcionários públicos. Vivalda Silva indicou que as trabalhadoras dos três hospitais querem o subsidio de almoço de 4,75€ como os funcionários públicos, e não 1,80€ que recebem atualmente, querem subsidio de transporte igual aos passes de Lisboa, 30€, e subsídio de risco de 2,15€ e não os 0,50€ que recebem agora. Defendem ainda um aumento salarial para os 680€.
Vivalda Silva (à direita na foto) explicou as motivações do STAD
O STAD indicou que a greve nada tem a ver com o Hospital de Abrantes, ou Centro Hospitalar do Médio Tejo, mas sim com a empresa a quem está contratado os serviços de limpeza. Serão cerca de 60 empregadas em Abrantes, 50 em Torres Novas e 40 em Tomar.
Segundo a sindicalista a adesão, na manhã, foi da ordem dos 65%, e no período da tarde de 90% no período da tarde, tendo a empresa cumprido com os serviços mínimos. Segundo a dirigente sindical estiveram a trabalhar três das 24 funcionárias escaladas. Acrescentou ainda que compram cumpridos os serviços mínimos.
As empregadas de limpeza industrial estavam à porta do hospital de Abrantes de bandeira do sindicato em punho e a distribuir panfletos explicativos do protesto a todas as pessoas que, de carro ou a pé, entravam na unidade hospitalar.