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“Um território que tem um pouco de tudo para oferecer”

19/11/2017 às 00:00

Jorge Rodrigues e Carla Augusto da ADIRN 

A ADIRN – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Norte, com sede em Tomar, trabalha há 25 anos na promoção e comercialização dos produtos regionais.

À conversa com Jorge Rodrigues, técnico coordenador da ADIRN, ficámos a perceber que na área de abrangência da associação, onde se incluem os concelhos de Alcanena, Torres Novas, Tomar, Entroncamento, VN da Barquinha, Ferreira do Zêzere e Ourém, a produção de “vinhos, azeite, hortícolas” e não só, é uma constante.

“Este território tem sobretudo vinho, azeite e hortícolas, isto é um território mediterrânico. Nos últimos anos assiste-se ao surgimento de muitos pequenos produtores que valorizam os seus territórios e diferenciam os produtos. Começaram a aparecer os produtores de queijo, que praticamente tinham desparecido, os produtores de enchidos tradicionais, os doces, os licores…é um território que tem um pouco de tudo para oferecer”, afirmou Jorge Rodrigues.

“Há um regresso das pessoas à terra e o surgimento de novas culturas e técnicas que têm sido um sucesso. Por exemplo, temos em Torres Novas, um núcleo muito interessante de figo da índia que começa a ter uma produção muito interessante e na sua maioria para exportação”, referiu a título de exemplo o responsável.

Jorge Rodrigues salienta que se assiste a “muita modernização” por parte dos produtores, mas também à “preservação da genuinidade dos produtos, numa estreita ligação ao território”.

A ADIIRN constituiu há 15 anos uma empresa que se chama Loja do Ribatejo Norte que tem como objetivo apoiar na divulgação e na comercialização dos produtos locais. A loja dispõe de dois espaços, um no centro da cidade de Tomar, e um outro no Convento de Cristo. Recentemente, e inaugurado em junho passado, abriu portas a Sabores do Tejo, com sede em VN da Barquinha.

“Nestes espaços frequentemente fazemos promoções dos nossos produtos, temos ações com mais ou menos impacto, e além disso temos a ligação dos produtos locais com o turismo”, explicou Jorge Rodrigues.

O cliente das três lojas é sobretudo o turista. “Na loja no Convento de Cristo são sobretudo os turistas que procuram o espaço, muitos passam por lá. Na loja da cidade temos turistas, mas também temos pessoas locais. Na Barquinha, temos uma faceta diferente, aqui para além de se comercializarem os produtos é possível experimentar ou provar”.

Para além dos três espaços, a ADIRN criou a TEMPLAR. Uma empresa que estabelece uma estreita relação entre os produtos regionais e a área do turismo.

“Temos promovido muitos eventos turísticos e tentamos sempre que nessas iniciativas estejam os nossos produtos locais (…) A Templar tem uma parte de agência de viagens, mas a nossa principal atividade são os eventos de turismo natureza, de turismo cultural e procuramos mostrar o nosso território e produtos”, afirmou o técnico coordenador.

A presença em eventos regionais e de âmbito nacional também tem sido uma aposta da ADIRN.

Por último, Jorge Rodrigues referiu-se à marca Templária que se está a desenvolver, nomeadamente na promoção de festas e feiras. Exemplo disso são as Festas Templárias, em Tomar, Ourém e em VN da Barquinha. E nestes casos os produtores locais são presença assídua.

Joana Margarida Carvalho

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