Para assinalar os 734 anos do foral de D. Dinis que fundou Vila de Rei, em 1285, o Município organizou uma cerimónia oficial em que distinguiu o diretor da Segurança Social do distrito de Castelo Branco com a Medalha de Mérito Municipal, grau prata. Na mesma cerimónia, que encheu o auditório municipal, foram entregues os apoios financeiros de 13 mil euros, para as 14 crianças que nasceram no concelho, de 15.750 euros de apoio a 21 casamentos ou uniões de facto, 19 mil euros para a fixação de nove famílias no concelho.
Foram ainda atribuídas as bolsas de estudo do município. 4.400 euros para oito bolsas de alunos do ensino superior, duas bolsas de mérito no valor de 500 euros cada e 13 bolsas de mérito e percurso escolar no valor global de 6.500 euros.
E para finalizar a cerimónia, que começou com o hastear das bandeiras ao som da Portuguesa, foi atribuída a Medalha de Mérito Municipal, grau prata, a António de Melo Bernardo, atual diretor da Segurança Social de Castelo Branco. E a justificação é simples. Entre 2013 e 2019 o responsável permitiu as parcerias e acordos financeiros para as instituições de solidariedade social do concelho de 130 novos utentes e 760 mil euros anuais. A Câmara de Vila de Rei apresentou todas as parcelas destes apoios: Casa da Infância, Juventude e 3ª Idade de Vila de Rei (28 utentes); Centro de Acolhimento de S. João do Peso (30 utentes); Centro de Dia Família Dias Cardoso (6 utentes); Santa Casa da Misericórdia de Vila de Rei (48) e Fundação João e Fernanda Garcia (18).
António de Melo Bernardo recebeu a medalha e, com emoção, agradeceu a distinção, destacou o papel da família na sua vida dedicada à função pública, referiu o papel da tutela no seu trabalho e acabou a dizer, com boa disposição, que este é um cargo de final de carreira. “Trabalhei toda a minha vida para poder ser, um dia, diretor do Centro Distrital de Segurança Social”.
Ricardo Aires, presidente da Câmara de Vila de Rei, destacou num discurso, naturalmente, bairrista as gentes que vivem no concelho ou os que vivem fora. Evocou as associações do concelho no trabalho em prol da comunidade e alguns investimentos que considera fundamentais para o desenvolvimento do concelho. Por exemplo, a zona industrial do Souto, pronta a receber mais empresas e a criar mais riqueza, os investimentos no Peno Furado com o acesso dos espelhos de água à queda de água ou a nova zona verde da vila. Serão 256 mil euros de investimento no espaço junto ao complexo desportivo e que pretende criar mais atratividade para Vila de Rei. Destacou ainda o largo investimento de quase 1,5 milhões de euros em Estações de Tratamento de Águas Residuais e saneamento básico.
Antes, o presidente da Assembleia Municipal, Paulo Brito, já tinha feito a apologia de um concelho com muita riqueza. Desde os tempos em que o ouro era a riqueza da região à atual riqueza das paisagens naturais e dos equipamentos turísticos existentes no concelho. Fazendo jus ao trabalho da Câmara Municipal destacou os investimentos na captação de empresas e industrias. Depois evocou o apoio à fixação de população, que tem sido uma das bandeiras e uma das necessidades daquele território.
No seguimento desta linha de pensamento acabou por entroncar nos incêndios florestais que assolaram o concelho (Vila de Rei, Sertã e Mação) entre 20 e 22 de julho último e as necessidades que daí advêm para um melhor trabalho na reflorestação. Aliás, Paulo Brito, destacou a oportunidade dos três municípios poderem trabalhar em conjunto no projeto-piloto em que o Governo abriu as portas e que vai poder ser desenvolvido daqui para a frente. Aliás, indicou mesmo que o Estado deveria apostar mais na valorização daqueles que estão, vivem e trabalham no interior do país porque “neste momento é quase uma vocação viver no interior do país”.
Depois da cerimónia oficial do dia do concelho a população participou num almoço comunitário em que atuou o grupo de Concertinas da Casa do Benfica de Vila de Rei.
Vila de Rei é o concelho mais central de Portugal. É ali, no Picoto da Melriça, que fica situado o Centro Geodésico de Portugal. Vila de Rei tem foral lavrado por D. Dinis, em 1285. Tem 191 quilómetros quadrados de área, cerca de 3500 habitantes divididos por três freguesias, Vila de Rei, S. João do Peso e Fundada.