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CUSMT lança abaixo-assinado para ressonância magnética e obras nas urgências de Abrantes (C/ÁUDIO)

20/01/2020 às 00:00
CUSMT - DR: AL e JA

A Comissão dos Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT) vai lançar um abaixo-assinado com o objetivo de se conseguir um equipamento público de ressonância magnética para o Centro Hospitalar do Médio Tejo.

Em comunicado, a CUSMT dá conta também de que o abaixo-assinado pretende também o desbloqueio e a concretização de obras nas urgências do Hospital de Abrantes.

Esta já não é a primeira vez que a Comissão de Utentes da Saúde toma este tipo de iniciativas. Recorde-se que já em outubro passado foi lançado um abaixo-assinado no sentido de “pressionar o poder político no sentido de dar prioridade às obras no hospital de Abrantes, nomeadamente nas urgências", conforme disse na altura Manuel Soares, o porta-voz da CUSMT, aos jornalistas.

Desta vez, neste abaixo-assinado que vai ser enviado à ministra da saúde, Marta Temido, a CUSMT refere que "a necessidade premente de obras na Urgência do Hospital de Abrantes é reconhecida por utentes, profissionais, autarcas e todas as entidades que têm responsabilidades na prestação de cuidados hospitalares na Região do Médio Tejo" e que "os sucessivos adiamentos na concretização das obras, prejudicam populações e profissionais".

"A inexistência de um equipamento público de Ressonância Magnética no CHMT prejudica os utentes e o SNS. Só o CHMT paga anualmente perto de 500 mil euros, para além das despesas e incómodos para os utentes que têm de se deslocar a Coimbra ou Leiria", diz o documento da CUSMT que reivindica que sejam tomadas "medidas políticas para que, tão breve quanto possível, se façam as obras na Urgência de Abrantes e seja instalado um equipamento de Ressonância Magnética no CHMT".

Em declarações à Antena Livre e ao Jornal de Abrantes, o porta-voz da CUSMT, Manuel Soares, deu conta de que o abaixo-assinado vai estar disponível a partir do dia 27 de janeiro "por todos os locais públicos: pastelarias, estabelecimentos comerciais, juntas de freguesia", entre outros locais públicos, tentando deste modo "chegar o mais longe possível a nível do Médio Tejo". 

Quando questionado sobre até que ponto estes esforços da CUSMT dão frutos, Manuel Soares refere que "desde 2012, o conjunto de abaixo-assinados que foram feitos há situações que foram retiradas [solucionadas], como por exemplo a existência de medicina interna nos três hospitais [do CHMT]".

"Não é uma questão de bater palmas, mas a população também tem que dar o seu contributo não só em termos de votos mas nas questões concretas dizer efetivamente aquilo que quer", reitera o responsável.

Manuel Soares reforça que estas questões que precisam de resolução não se tratam de "questões de dinheiro, porque o orçamento do CHMT é suficiente para estas questões, mas é preciso efetivamente que haja boa vontade também de quem decide a nível central para que as coisas se possam fazer. Outras vezes, nem é falta de dinheiro nem a decisão está tomada - são questões de ordem burocrática".

Recorde-se que a CUSMT pediu também no final do ano passado a recondução do conselho de administração do CHMT (que acabou, efetivamente, por ser reconduzida pelo Governo). Manuel Soares admite que, apesar de tudo, se tem vindo "a crescer em qualidade, que em idoneidade formativa que num conjunto de serviços que têm sido melhorados".

A par destas reivindicações, a CUSMT refere também a necessidade de "melhorar e humanizar as urgências do CHMT", nomeadamente com a "contratação de mais profissionais", com o melhoramento da "informação e comunicação aos utentes e familiares" e ainda a atribuição da urgência médico-cirúrgica ao CHMT, sem esquecer as "obras de requalificação das instalações da Urgência de Abrantes".

Ana Rita Cristóvão

  

 

 

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