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A imagem de Nossa Senhora de Fátima desapareceu da capela do Hospital de Abrantes. O facto foi detetado na sexta-feira, dia 3 de janeiro.
A PSP de Abrantes foi chamada ao local e já efetuou o despacho para o Ministério Público. Ficou na posse das imagens de videovigilância das entradas e saídas do Hospital, sendo que a capela não é vigiada por câmaras. Dos indícios recolhidos na capela estão impressões digitais que, no entanto, “podem não dar em nada”, visto a capela ser frequentada por diversas pessoas.
A ULS Médio Tejo confirmou a ocorrência e diz estar “a colaborar com as diligências das autoridades, nomeadamente através das imagens de videovigilância”.
A PSP aguarda por mais informações, como o valor da peça, para perceber o tipo de crime em causa. É que se a peça se revelar valiosa e for considerada arte sacra, passa a crime público e o inquérito é iniciado automaticamente. Se não tiver grande valor patrimonial, a Polícia tem que aguardar que alguém faça a denúncia e apresente uma queixa formal para que se possa dar início ao inquérito.
Contudo, a ULS Médio Tejo afirmou à Antena Livre que apesar de se encontrarem nas instalações do Hospital, “as imagens não são propriedade do Hospital, mas sim da igreja”.
A Antena Livre contactou o capelão do Hospital, padre António Castanheira, que explicou que as imagens foram colocadas na capela pelo antigo pároco, referindo-se ao padre José da Graça, e que a imagem de Nossa Senhora de Fátima “está há tantos anos no Hospital, que é considerada propriedade do Hospital. Quase que por usucapião”, exemplificou. Assim sendo, não será a Igreja a apresentar queixa, visto considerar que se trata de propriedade da ULS.
O padre António Castanheira também afirmou que se a imagem de Nossa Senhora de Fátima aparecer, “regressará ao sítio”. Se isso não se verificar, “irá ser providenciada uma outra imagem para o mesmo espaço”.
O desaparecimento da imagem de Nossa Senhora de Fátima da capela do Hospital, causa alguma estranheza. É que, segundo várias pessoas disseram à Antena Livre, trata-se de uma imagem com cerca de 90 centímetros. Ora, não passa despercebida. Por outro lado, não tem grande valor patrimonial e, “se fosse para fazer dinheiro”, haveria na capela outras peças, certamente com outro valor.
As entidades envolvidas aguardam agora pela investigação da PSP que, por seu lado, aguarda que alguém apresente queixa.
Foto: Facebook da Liga dos Amigos do Hospital de Abrantes
