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Saúde Pública do Médio Tejo aciona alerta vermelho por causa do calor (c/áudio)

22/07/2024 às 16:54

Na área da saúde o Médio Tejo está em alerta vermelho por causa do tempo quente.
As autoridades locais de Saúde Pública, do Médio Tejo, decretaram esta segunda-feira, 22 de julho, um “alerta vermelho de saúde pública”, devido ao calor extremo que se vai sentir hoje e nos próximos dois dias nos concelhos da região.

A ativação de um “alerta vermelho de Saúde Pública” acontece, de acordo com Paulo Luís, médico de Saúde Pública da ULS Médio Tejo, sempre que se atingem temperaturas superiores a 38.º centígrados na região. É que, de acordo com o especialista em ondas de calor, existe um aumento considerável do risco de ocorrerem complicações associadas ao calor, junto dos indivíduos mais vulneráveis. E neste campo, consideram-se indivíduos mais vulneráveis os idosos, os idosos isolados, bebés e crianças pequenas e a população acamada ou dependente de terceiros. É nesse sentido que Paulo Luís aconselha aos familiares de idosos ou pessoas que vivam mais isolados que tenham contactos redobrados nestes dias.

Ainda de acordo com a ULS do Médio Tejo é extremamente importante a vigilância dos utentes portadores de doença crónica (diabetes, hipertensão arterial, doença pulmonar crónica, insuficiência renal, entre outras). “O calor extremo poderá levar à descompensação aguda da patologia diagnosticada, com efeitos graves para a saúde.”

Para evitar as consequências muito graves para a saúde dos mais idosos deve evitar-se a exposição solar e reforçar, com a máxima frequência, a hidratação, bebendo água ou sumos de fruta naturais sem adição de açúcar.

A hidratação deve ser feita mesmo se a pessoa não tiver sede. E os médicos de saúde pública recomendam a ingestão de água mesmo quando as pessoas não tenham vontade de a beber on sensação de sede. É muito importante a hidratação nestes dias muito quentes.

Caso se verifique a total ausência, ou mesmo a inexistência de uma rede familiar associada à pessoa idosa, deve ser referenciado por quem o conhecer – como vizinhos, ou comerciantes. Qualquer pessoa poderá referenciar um idoso a viver isolado às autoridades, como a GNR, PSP, Proteção Civil, Câmaras Municipais, ou Juntas de Freguesia, entre outros, nomeadamente através linha de saúde SNS24 (808242424).

Paulo Luís, Saúde Pública do Médio Tejo


O que é o Plano de Contingência do Médio Tejo

O Plano de Contingência para a Resposta Sazonal em Saúde Módulo de Verão 2024 para a ULS Médio Tejo, tem por finalidade a normalização da intervenção de diversas entidades, suscetível de minimizar os efeitos nefastos para a saúde, resultantes do calor excessivo.

De acordo com a Unidade de Saúde Pública do Médio Tejo, o estado de alerta da área geográfica da ULS desta sub-região subiu para um nível de alerta vermelho, devido às elevadas temperaturas que se têm sentido e que vão continuar nos próximos dias. Segundo a saúde pública esta situação “poderá condicionar, em especial nos idosos que residem em habitações insalubres, o acréscimo considerável do risco de ocorrerem complicações associadas a doenças crónicas de que padecem, ou o aumento indesejável da mortalidade nesse grupo populacional.”

Durante as ondas de calor, adianta a saúde pública da região, a melhor maneira de evitar consequências nefastas na saúde dos expostos é, precisamente, evitar a exposição.

Nesse sentido a Unidade de Saúde Pública da ULS do Médio Tejo recomenda três medidas que devem ser seguidas pela população. A primeira é a necessidade de manter a hidratação aos idosos, através da ingestão de água ou sumos de fruta naturais sem adição de açúcar com frequência.

A segunda assenta na garantia de manutenção do conforto térmico da população mais frágil. E se necessário, com a deslocação do utente para a residência do familiar com melhores condições habitacionais durante o período de tempo em que se verificar a ocorrência do calor excessivo.

A terceira recomendação aponta à população mais idosa que, por norma, toma muitos medicamentos, devido às suas comorbilidades. Desta forma deve ser assegurado pelos idosos ou familiares que os medicamentos são mantidos a temperaturas abaixo dos 25 °C, colocando no frigorífico durante este período de calor intenso. Por ouro lado a lista de medicamentos deverá estar atualizada para o caso de necessidade urgente.

Caso se verifique a total ausência ou a inexistência de família de um idoso que necessite de ser afastado da exposição ao calor, esse facto deverá ser referenciado por quem o conhecer, a uma autoridade local, como a junta de freguesia ou os serviços sociais dos municípios, para poderem ser tomadas as necessárias diligências de apoio, em caso de necessidade.

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