A Unidade Local de Saúde do Médio Tejo (ULS Médio Tejo) deu este mês um passo na inovação e futuro da prestação de cuidados de saúde de proximidade, com a implementação de um projeto-piloto de teleconsulta nos cuidados de saúde primários de São Pedro de Tomar.
De acordo com a informação avançada pela USL, os utentes passaram a ter acesso, desde o início de dezembro, a “atendimento clínico dentro das instalações da unidade de saúde, mas através de uma consulta remota conduzida por um especialista em Medicina Geral e Familiar. As consultas realizadas a partir de uma plataforma de telemedicina de última geração, em três dias da semana, vêm permitir o acesso a cuidados de saúde personalizados, prestados por uma equipa multidisciplinar de profissionais de saúde.”
Esta resposta inovadora é direcionada principalmente aos utentes que não têm médico de família atribuído e a doentes com doença crónica. O projeto-piloto da ULS Médio Tejo vai permitir, através de soluções tecnológicas, uma maior proximidade e acompanhamento dos cuidados e vigilância da saúde, otimizando recursos existentes e garantindo uma resposta mais célere às necessidades dos utentes.
Casimiro Ramos, em declarações aos jornalistas em Abrantes, à margem das Jornadas Sociais e de Saúde, disse que o alargamento já está a ser pensado através da contratação de empresas e clínicos, mesmo que fora do Médio Tejo. E um dos concelhos já identificados para este alargamento a partir de janeiro é o concelho de Mação. Depois já estão a ser avaliados outros locais com situações mais prementes.
Trata-se de um mecanismo para diversas situações que possam surgir.
Casimiro Ramos, presidente do Conselho de Administração da ULS Médio Tejo, referiu que o projeto piloto que está em marcha em S. Pedro, Tomar, está a ter um feedback muito bom, mesmo junto da população mais idosa.
E a diferença para uma consulta a partir de casa é a possibilidade do médico pedir apoio a um enfermeiro da unidade de saúde que possa fazer uma ou outra operação que permita despistar situações ou identificar sintomas. E, como os médicos têm acesso à ficha clínica, pode aplicar todo o receituário.
Numa região em que existe falta de médicos de família, tal como em quase todo o interior do país, mesmo com todos os incentivos dos municípios, esta pode vir a ser uma solução no futuro.
Casimiro Ramos, presidente CA ULS Médio Tejo
De referir ainda que, em relação aos médicos de família, Casimiro Ramos informou que Rio de Moinhos, Abrantes, vai voltar a ter médico de família, quatro anos depois. O clínico vai estar integrado no projeto Bata Branca.
Casimiro Ramos voltou a frisar, nestas jornadas, a dificuldade na contratação de médicos de família e reiterou que se algum quiser vir trabalhar para o Médio Tejo é contratado de imediato.