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Médio Tejo: ULS apela aos cuidados na apanha da azeitona para evitar quedas e idas ao hospital (c/áudio)

20/10/2024 às 10:43

A Unidade Local de Saúde (ULS) do Médio Tejo voltou, este ano, a lançar nas suas plataformas e nas unidades hospitalares uma campanha ligada à apanha da azeitona. O objetivo aponta à prevenção de quedas e de acidentes durante a campanha de apanha da azeitona que decorre atualmente.

De acordo com as informações disponibilizadas pela ULS, todos os anos "há dezenas de acidentes e quedas que ocorrem no contexto da apanha da azeitona (manuea ou mecanizada) e que originam a necessidade de atendimento nos serviços de Urgência da ULS do Médio Tejo".

E esta necessidade de recorrer aos serviços de saúde é, normalmente, provocada por quedas de árvores, traumatismos graves e acidentes com maquinaria pesada. Há mesmo casos que podem ser fatais, acrescenta a estrutura de saúde da sub-região

De acordo com a ULS, a “sinistralidade durante a campanha da azeitona pode também ocorrer nas fases do transporte, ou mesmo no processamento da azeitona no lagar. Estes incidentes podem também ocorrer numa fase posterior do cuidado do olival, nas podas. A tipologia de acidente continua a abranger quedas acidentais, mas também aumenta a possibilidade traumas por objetos cortantes, os quais podem ser da maior gravidade.”

Casimiro Ramos, presidente do Conselho de Administração da ULS do Médio Tejo, em declarações à rádio Antena Livre confirmou que o número de episódios de urgência relacionados com esta área concreta já aumentou nesta semana de 13 a 19 de outubro. E nota-se mais ao fim de semana, altura em que há mais atividade de apanha da azeitona.

O responsável garantiu que o Centro de Responsabilidade Integrado (CRI) dedicado à Ortopedia não precisa de reforço de médicos, pois está a responder às solicitações. Mesmo a necessidade de realização de cirurgias tem uma janela horária de resposta de 48 horas.

“O que queríamos era baixar o número de quedas”, destacou Casimiro Ramos de deixou o apelo aos cuidados redobrados a todos quantos andam, por estes dias, nesta atividade. E há um apelo específico à população mais idosa.

Casimiro Ramos, presidente CA ULS Médio Tejo

As quedas são, de forma global, um problema de saúde pública de grandes proporções no nosso país. A região do Médio Tejo não é exceção: trata-se do acidente mais notificado nos hospitais nacionais, do qual cerca de 5% resultam em fraturas e 5% a 11% em outros danos graves.

A ULS apela a que, se possível, deve utilizar de proteção e, se a sua idade for mais avançada, evitar subir a árvores. É preferível utilizar o varejador para ripar a oliveira em segurança (deixando os ramos mais altos por colher) do que colocar em risco a sua saúde ou mesmo a vida.

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