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Regressaram as descargas de efluentes de uma suinicultura no lugar do Marco o que levou o vereador eleito pelo Bloco de Esquerda, Armindo Silveira, a levar o assunto à reunião do executivo municipal desta terça-feira e a colocar algumas perguntas ao presidente Manuel Jorge Valamatos.
O vereador do BE revelou que dois dias antes da reunião, no domingo dia 7 de fevereiro, que tudo leva a crer que “a suinicultura existente na Quinta da Craveira, no Lugar do Marco, Concelho de Abrantes efetuou mais uma descarga para a linha de água próxima e que atravessa a Quinta da Amieira propriedade da Senhora Ana Alves. Não sei se foi descarga, se foi uma incapacidade de reter os efluentes nas lagoas talvez potenciado pelas águas da chuva”.
Na mesma intervenção o vereador apontou ainda outros possíveis impactos derivados desta descarga, nomeadamente nos solos e nos lençóis freáticos. Indicou ainda que existem os prejuízos económicos da proprietária da quinta que fica a jusante da exploração, Ana Alves, que pelo menos desde 2009 tem apontado estas descargas e tem apresentado queixa junto da “Câmara Municipal de Abrantes e a outras entidades competentes, mas as descargas sucedem-se”. O vereador indicou ainda que a 13 de abril de 2018 levou o assunto à reunião de Câmara.
Créditos: Vídeo de 10-4-2018 feito por Armindo Silveira
No seguimento da sua intervenção, Armindo Silveira, fez três perguntas ao presidente da Câmara de Abrantes: “quais foram as diligências tomadas pelo executivo de maioria PS para minimizar os impactos ambientais provocados por esta suinicultura?; quais os resultados práticos dessas diligências?; e quais as diligências que irá tomar para que as entidades competentes terminem com estes frequentes atentados ambientais que estão a ocorrer pelo menos desde 2009 no Concelho de Abrantes?”
Armindo Silveira, Vereador BE CMA
Na resposta o presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, disse que no dia anterior, segunda-feira, enviou uma informação à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) com a nota o vereador Armindo Silveira.
O presidente da autarquia revelou ainda que no último ano não houve qualquer informação de que estas descargas pudessem estar a acontecer. O autarca revelou que foram desencadeadas várias ações pela APA e pelo Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente (SEPNA) da GNR e afirmou ter pensado que os problemas estariam regularizados.
Manuel Jorge Valamatos diz que enviou também informação à GNR para que possam ser acionados os mecanismos de controlo de infrações ambientais.
Manuel Jorge Valamatos, Presidente CMA
Esta é situação que foi denunciada em 2009 e que levou a várias ações as entidades que controlam as infrações ambientais. As fortes chuvadas deste mês podem ter despoletado uma situação que foi verificada no domingo e denunciada às autoridades na segunda-feira.
