"Abrantes, Pensar a Centralidade” foi o tema desenvolvido pelo o professor aposentado e filósofo abrantino Alves Jana, para um momento de debate e reflexão.
A Biblioteca Municipal António Botto foi o local escolhido para esta iniciativa que decorreu na quinta-feira, dia 8, pelas 21h30.
A iniciativa desafiou os participantes a projetarem a cidade centenária no futuro através da abordagem do orador, editor da “História Breve de Abrantes” e membro do Clube de Filosofia de Abrantes e do CEHLA – Centro de Estudos de História Local de Abrantes.
No mês em que Abrantes celebra o início do segundo centenário, o desafio proposto para o debate, de entrada livre, foi pensar o futuro à luz da história de uma cidade centenária.
Abrantes tem o rio Tejo, a A23, o caminho de ferro, os quarteis, no entanto Alves Jana considera os conteúdos da centralidade abrantina, “cheios de um passado que já não existe, logo vazios. Creio que é necessário pensarmos, pensarmos ativamente na sociedade civil, nas centralidades plurais enquanto capacidades que Abrantes tem ou não tem”.
O filósofo referiu que a cidade precisa de analisar “os recursos que tem ou pode vender, para construir um futuro que é evidentemente aquilo que todas as pessoas querem e todas as pessoas desejam”.
Durante o debate, vários foram os participantes que deram o seu ponto de vista sobre o que é atualmente a centralidade em Abrantes.
“O poder local tem que criar as infraestruturas, para que os industriais venham até aqui”, referiu um dos participantes. “O nosso concelho é um bocadinho poucochinho, é necessária ambição de todos os agentes”, disse outro.
Durante o debate foi sugerido por vários intervenientes a abertura da sessão aos empresários. Alves Jana acolheu bem a ideia e explicou que “tudo o que for pensar discutir, analisar, conceber, perguntar, imaginar, mas procurando efeitos nas práticas, nas dinâmicas dos processos, acho que sim que é útil. Eu diria que é indispensável”, reforçou.
“Foram levantadas aqui questões importantes. Sinto que o mais importante fica por fazer que é, como é que se ligam as pessoas, as ideias as zonas e os projetos. E acho que em Abrantes há muito trabalho a fazer”, finalizou Alves Jana.