O acesso rodoviário à aldeia de Foros do Mocho, no concelho de Ponte de Sor (Portalegre), vai ser restabelecido com um caminho alternativo, após o mau tempo o ter danificado, revelou hoje o presidente da câmara municipal.
Em declarações à agência Lusa, o presidente do município, Hugo Hilário, indicou que já está em curso a “preparação das vias” para ser criado o caminho, referindo que os trabalhos deverão ficar concluídos dentro de “uma semana ou uma semana e meia”.
“Pedimos ajuda à Engenharia Militar do Exército e, em conjunto com os nossos serviços técnicos e da Proteção Civil, foi definida uma solução para termos um acesso alternativo o mais rapidamente possível,”, adiantou.
Segundo o autarca alentejano, a solução consiste na colocação de manilhas numa zona do leito de um dos braços da barragem de Montargil e construção do novo caminho, o qual terá uma extensão de cerca de cinco quilómetros.
O mau tempo que fustigou na semana passada a região provocou danos na estrutura de um pontão situado no troço rodoviário que faz a ligação da Estrada Nacional 2 (EN2) à localidade de Foros do Mocho, na freguesia de Montargil.
Desde então, o acesso rodoviário à aldeia está limitado, já que apenas pode ser feito através de caminhos vicinais, pois o pontão da estrada principal está interditado a viaturas e só é permitido o atravessamento pedonal.
Nas declarações à Lusa, o presidente da câmara recusou que os cerca de 100 habitantes de Foros do Mocho estejam isolados, sublinhando que há caminhos vicinais que agora, devido à chuva, apenas estão transitáveis para “viaturas 4x4”.
“As pessoas não estão totalmente isoladas, até porque temos as nossas viaturas e as da Proteção Civil disponíveis para casos de emergência ou de necessidade”, sublinhou.
De acordo com Hugo Hilário, em paralelo com os trabalhos para a criação do caminho alternativo está a decorrer a preparação das acessibilidades para a instalação de uma ponte militar pelo Exército sobre as águas da barragem de Montargil.
Apontando que a instalação da ponte militar possa ser concluída no “início do próximo ano”, o autarca notou, porém, que os prazos para a implementação das duas soluções dependem da “capacidade de aprovisionar materiais e equipamentos” da autarquia.
O presidente da Câmara de Ponte de Sor realçou que o pontão cuja estrutura está danificada ainda pode ser transitado por peões, mas previu que “daqui a uns dias” já não seja possível o atravessamento pedonal.
Quanto à reabilitação do pontão, a intervenção “vai demorar algum tempo” a ser feita, porque ainda não está determinada a entidade responsável por esta infraestrutura.
Também em declarações à Lusa, o presidente da Junta de Freguesia de Montargil, Joaquim Dias, afirmou que os moradores da aldeia estão “praticamente isolados”, devido à interdição da circulação rodoviária no pontão da estrada de acesso à povoação.
“As pessoas passam o pontão a pé e, depois, há carrinhas da junta que fazem o caminho entre o pontão e Montargil e vice-versa e a câmara tem outra carrinha do outro lado que faz o percurso entre o pontão e a residência das pessoas”, contou.
Joaquim Dias disse que, apesar de alguns moradores já o terem feito, o caminho alternativo entre Foros do Mocho e a Aldeia Velha, no concelho vizinho de Avis, “não é viável”, porque “é de terra batida e com as chuvas não são todos os carros que passam”.
Lusa