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Reciclagem: Associação Electrão recolheu 1.300 toneladas de pilhas e baterias em 2023, mais 90%

15/02/2024 às 12:45

Cerca de 1.300 toneladas de pilhas e baterias foram recolhidas no ano passado pela entidade de gestão de resíduos Electrão, um aumento de 90% em relação a 2022, mas ainda insuficiente, segundo a associação.

“Muito deste material continua a ser depositado no lixo indiferenciado”, e quando tal acontece não só é mau para a saúde pública e ambiente como também se desperdiçam materiais que poderiam ser reutilizados na produção de novas pilhas e baterias, alerta a associação Electrão num comunicado de balanço de 2023 mas também de sensibilização e alerta.

As pilhas e baterias, explica, têm “substâncias altamente nocivas” que poluem o solo e a água, “mas contêm igualmente materiais que podem ser reciclados, como o lítio e o cobalto, que integram a lista das matérias-primas identificadas pela Comissão Europeia como sendo críticas para assegurar a transição ecológica e digital”.

Apesar do grande aumento na recolha para reciclagem, segundo a Eletrão, as quantidades recolhidas equivalem apenas a cerca de 100 gramas por pessoa, pouco mais de duas pilhas, “o que é ainda manifestamente insuficiente face às quantidades disponíveis para recolha”.

De acordo com o comunicado, as 1.227 toneladas recolhidas no ano passado contrastam com as 644 toneladas do ano anterior (mais 90%), um aumento devido sobretudo às baterias industriais, que registaram uma evolução de 363 toneladas recicladas em 2022 para 891 toneladas em 2023 (mais 145%), especialmente de atividades empresariais e industriais.

Nas pilhas e baterias portáteis (por exemplo de comandos, brinquedos, telemóveis e computadores) o aumento foi de 19%, passando de 281 toneladas para 335 no ano passado.

A Electrão diz que a evolução de 2023 se deve nomeadamente à colaboração de municípios, comerciantes, empresas e instituições, e no caso das pilhas e baterias portáteis ao aumento do número de pontos de recolha, que cresceu 17%.

Atualmente, segundo os dados da entidade gestora, há 7.212 locais onde é possível colocar pilhas e baterias usadas, mais 1.060 do que existiam em 2022. Ricardo Furtado, diretor-geral da associação, diz, citado no comunicado, que este ano quer aumentar ainda mais.

A Electrão é uma associação de Gestão de Resíduos, com responsabilidades em três sistemas de recolha e reciclagem de resíduos: embalagens, pilhas e equipamentos elétricos usados.

Lusa

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