Os bombeiros profissionais vão aderir à greve da função pública de 31 de janeiro para “demonstrar o descontentamento pela falta de condições em prestar socorro à população”, anunciou hoje o sindicato do setor.
A adesão dos bombeiros profissionais à greve da função pública de 31 de janeiro foi decidida hoje na reunião do conselho geral da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais e Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais (ANBP/SNBP).
O presidente da ANBP, Fernando Curto, disse à agência Lusa que vão aderir à greve os bombeiros sapadores e municipais e os profissionais que trabalham na Autoridade de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), como os elementos da Força Especial de Bombeiros e os operacionais das salas de operações de socorro dos comando nacional e comandos distritais.
Fernando Curto sustentou que os bombeiros exigem a valorização da carreira, o fim da precariedade laboral para os profissionais da ANEPC, aumentos salariais dignos, reconhecimento da carreira de risco e de desgaste rápido, revisão da tabela remuneratória e um regime de aposentação digno
O presidente da ANBP frisou que os bombeiros profissionais não têm uma atualização salarial há 10 anos, lamentando que a idade da reforma tenha passado recentemente para os 60 anos.
“Vamos aderir à greve para mostrar o nosso descontentamento pela falta de condições em prestar socorro às populações”, afirmou.
Segundo a ANBP/SNBP, o período de greve vai estender-se entre as 20:00 de 30 de janeiro e as 09:00 de 01 de fevereiro, coincidindo com o início e o fim dos turnos.
A Frente Sindical liderada pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), da UGT, e pela frente Comum, da CGTP, convocou uma greve nacional da função pública para dia 31, convergindo com outras organizações sindicais contra a proposta de aumentos salariais de 0,3%, nomeadamente a Federação dos Sindicatos da Administração Público (Fesap), a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), a Federação Nacional dos Sindicatos dos Enfermeiros (FENSE), a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e o Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas do Diagnóstico e Terapêutica
Lusa