Foi inaugurado no dia 12 de julho, no Parlamento Europeu, em Bruxelas, uma exposição das publicações centenárias portuguesas na qual o Jornal de Abrantes esteve representado.
A exposição, que ficou patente na sede do Parlamento até dia 14 de julho, juntou as 31 publicações periódicas centenárias e onde os representantes de cada uma foram convidados a marcar presença.
Durante a permanência em Bruxelas, os representantes dos órgãos centenários almoçaram com os eurodeputados Sofia Ribeiro e José Manuel Fernandes, tiveram um encontro na Embaixada de Portugal com representantes da comunidade portuguesa na Bélgica e visitaram o Comité Económico e Social Europeu, onde assistiram a uma apresentação por Gonçalo Lobo Xavier, vice-presidente daquele organismo.
Na inauguração da exposição, estiveram também presentes os eurodeputados Marinho Pinho, Marisa Matias e Ana Gomes.
“O encerramento de um jornal centenário é uma perda para a Humanidade, equivalente ao desaparecimento de uma pirâmide do Egipto”, afirmou em Bruxelas João Palmeiro, presidente da Associação Portuguesa de Imprensa (API).
Na cerimónia inaugural, o responsável, em declarações ao JA, afirmou que o sonho da API será tornado realidade “no dia em que a UNESCO reconhecer os centenários portugueses como património imaterial da humanidade. Nesse dia, será um sonho”.
A presença das publicações centenárias em Bruxelas foi “um primeiro passo” e o passo seguinte será “uma luta política”.
“A luta é, como foi para o fado, como foi para o cante alentejano e outras atividades culturais que já estão reconhecidas como património imaterial. É uma luta política e temos que a fazer”, afirmou João Palmeiro.
Promovida pela API, com o apoio de alguns eurodeputados e da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã, na exposição foi possível encontrar o “pluralismo e a diversidade da imprensa portuguesa. A ideia de que a imprensa portuguesa não é jornais nacionais contra os regionais e os regionais contra os nacionais”, salientou o presidente da API.
“Estes jornais só se publicam há mais de cem anos porque os leitores acreditam neles, não é mais nada do que isso. E isso está aqui demostrado, de um país com dimensão de Portugal, que não é uma dimensão continental, mas que é uma dimensão imensa”, aludiu.
Segundo João Palmeiro, a exposição seguirá para “a Assembleia da República em outubro e aí já será uma peça importante do trabalho para o reconhecimento de património cultural imaterial. E depois da Assembleia da República, já temos pedidos quer na comunidade portuguesa em França, quer na comunidade portuguesa na Bélgica”.
Representantes das publicações periódicas centenárias
*Reportagem para ler na totalidade na próxima edição do Jornal de Abrantes do mês de agosto