O caso aconteceu esta terça-feira à tarde em Santa Margarida, no concelho de Constância. Um homem, de cerca de 60 anos, andava a tratar do jardim quando foi mordido por uma cobra num braço. Com muitas dores o homem chamou os bombeiros que foram ao local fazer o socorro, tendo-o transportado ao Hospital de Abrantes para acompanhamento médico.
Marco Gomes, comandante dos Bombeiros Voluntários de Constância, explicou à Antena Livre que esta cobra é de uma espécie não muito habitual na nossa zona, sendo o seu habitat das serras, de zonas mais rochosas. Trata-se de uma víbora-cornuda, uma espécie que está em vias de extinção e que habitualmente não ataca se não se sentir ameaçada.
O comandante dos Bombeiros revelou que não temos, em Portugal, cobras venenosas que ponham em risco a vida humana, mas há algumas espécies, como esta víbora-cornuda, que podem causar dores intensas por isso, terem a necessidade de acompanhamento médico.
Marco Gomes explicou que no caso de uma pessoa ser mordida por uma cobra não deve mexer-se muito, apesar do pânico poder levar a reações desse género. Quanto menos movimentos melhor para que o veneno não se espalhe pelo sangue indicou o comandante da corporação, ao mesmo tempo que vincou que deve haver socorro para que essa pessoa possa ter acompanhamento médico.
Quanto a esta víbora-cornuda de Santa Margarida acabou por ser morta no local e informada a GNR através do SEPNA (Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente)
Marco Gomes, comandante Bombeiros Constância
Créditos: Bombeiros de Constância
A víbora-cornuda, ou "vipera latastei", é uma espécie endémica da Península Ibérica e tem como habitat natural as zonas rochosas e húmidas. De acordo com alguns investigadores em Portugal, há duas espécies de víboras, a cornuda e a Seoane, mais localizada no norte do país, cujo veneno é também tóxico e não letal. A mordedura desta espécie pode ser mais perigosa para crianças e idosos.
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