Subiu para 1020 o número de casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus em Portugal esta sexta-feira. São mais 235 casos do que os identificados na quinta-feira.
Destes, 126 estão internados, dos quais 26 em cuidados intensivos.
A informação do boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde regista seis vítimas mortais.
Por outro lado, são 5 os casos recuperados.
Em termos geográficos, dos casos confirmados 506 são na zona Norte (com registo de uma morte), 106 na zona Centro (com registo de duas mortes), 361 na região de Lisboa e Vale do Tejo (com registo de duas mortes), mantendo-se 2 casos confirmados no Alentejo, enquanto na região do Algarve são 29 os casos confirmados (com registo de uma morte).
Nas ilhas, o arquipélago dos Açores regista três casos e o da Madeira tem registo de um caso identificado. No entanto, a diretora-geral da saúde disse que há 4 casos a aguardar confirmação na Madeira.
Há ainda 850 casos suspeitos que aguardam resultado laboratorial, enquanto 9008 pessoas estão em vigilância pelas autoridades de saúde.
Mantém-se nas 24 o número de cadeias de transmissão ativas.
Entre os doentes infetados, 514 são homens e 506 mulheres. A faixa etária mais afetada é a dos 40 aos 49 anos (196), seguida dos 50 aos 59 anos (174).
Os dados da DGS apontam que 31 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 24 de França, 20 de Itália, oito da Suíça, três do Reino Unido, dois dos Países Baixos, dois de Andorra, um da Bélgica, outro da Alemanha e Áustria, um dos Emirados Árabes Unidos, um da Índia e outro do Irão.
Segundo a DGS, 20% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 15% febre, 11% cefaleia, 11% dores musculares, 8% fraqueza generalizada e 6% dificuldade respiratória.
Desde o início do ano, registaram-se 7732 casos suspeitos.
Secretário de Estado da Saúde diz que SNS continua a ser fortalecido
"Não se desloquem às urgências por Covid sem indicação prévia da linha de saúde SNS24", disse António Sales na conferência de imprensa desta sexta-feira.
"Aumentar a testagem também é uma prioridade", acrescentou o secretário de estado.
DGS reforça obrigatoriedade do isolamento para pessoas vulneráveis
A diretora-geral da Saúde alertou hoje que o uso de máscaras pela população em geral, para proteção do novo coronavírus, deve ser parcimonioso e de acordo com o risco acrescido de algumas pessoas, como os imunodeprimidos.
“O uso de máscaras deve ser parcimonioso e feito de acordo com o risco”, disse Graça Freitas, sublinhando que, numa situação em que não há material para todos, os grupos de risco devem ser privilegiados, dando o exemplo dos doentes imunodeprimidos (sistema imunitário frágil).
“Não havendo material para todos devemos proteger os cuidadores informais, os profissionais de saúde e todos os que prestam serviço aos doentes infetados”, disse Graça Freitas, sublinhando que, na população em geral, as máscaras devem ser usadas pelos doentes imunodeprimidos.
Admitiu ainda que não existem neste momento máscaras e luvas para todos e disse que, quando se chegar a uma situação em que haja equipamento para todos, a Direção-Geral da Saúde (DGS) pode desenhar um plano para ensinar a população a usar as mascaras.
“Neste momento o importante é lembrar que a medida mais eficaz de todas é a distância de um metro a um metro e meio uns dos outros. Usando a máscara posso ter a falsa sensação de segurança e descontrair a este nível. Mais do que [toda a população] usar a máscara é essencial manter a distância de segurança uns dos outros”, acrescentou.
Ouça aqui as palavras da diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, na conferência de imprensa desta sexta-feira:
(Notícia atualizada às 14:32- redação Antena Livre)