Luís Agudo refere que a loja quer facilitar e resolver os problemas dos clientes
Luís Agudo, 58 anos, empresário em Abrantes há 25 anos, é novo proprietário do posto dos CTT, chamado Avenidas de Alferrarede, desde o dia 2 de abril.
Os seguros sempre foram a área profissional do empresário, mas foi na área dos correios que decidiu agora apostar.
Questionado sobre o motivo que o levou a agarrar um desafio como este, Luís Agudo explicou que no seu escritório de Seguros, com sede no edifício da Sopadel, os funcionários estavam “um bocadinho restritos” e era necessário alocá-los a outro tipo de funções.
“Somos quatro funcionários na Sociedade. Era muita gente para aquele espaço. Andei à procura de um espaço por aqui, ou nos plátanos e apareceu esta oportunidade. Havia que diversificar, que aumentar, que ir para outro mercado. Ainda equacionámos sair da cidade, mas depois surgiu esta oportunidade e nós avançámos”, explicou o responsável.
Luís Agudo é secretário da Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Abrantes e Alferrarede, e foi lá que se inteirou da situação de encerramento da loja que estava sob a gestão dos CTT - Correios de Portugal, S.A.
“Fui acompanhando de perto as negociações para evitar o encerramento da estação de Alferrarede. Acompanhei isso de perto e já sabia que era inevitável o encerramento (…) Portanto, não havendo outra saída pensei e porque não juntar as duas coisas, um posto dos CTT e os Seguros, e foi isso que fiz”, conta.
“Arrendei a loja, fiz algumas melhorias, o meu senhorio também fez e criou condições para que me instalasse. Ao agarrar num desafio destes, criei uma segunda secção dos seguros, portanto é um desdobramento do serviço lá de cima [na Sopadel]”, refere.
O novo posto disponibiliza praticamente todos os serviços da antiga estação. “Fazemos tudo o que antiga estação fazia, com exceção da parte dos financeiros. Não recebemos dinheiros para aplicações financeiras e também não podemos receber dinheiro para transferir para o estrangeiro”.
“Fazemos todo o tipo de envio de cartas, encomendas, nacional ou para estrangeiro, pagamentos de portagens, pagamento de faturas e todo o envio de correspondência É tudo o que uma estação CTT faz, inclusive a venda de produtos de filatelia”, salientou.
O empresário faz um balanço positivo deste primeiro mês e salienta que muitos clientes têm surgido. “Tivemos aqui um dia com 150 pessoas. Só com uma funcionária, foi um dia complicado, mas fez-se”. E quem é o cliente? “O cliente nestes últimos dias, nos dias de pagamento dos vales, são pessoas de idade. Muitas pessoas que não sabem escrever, pessoas que não estão habituadas às contas bancárias e gostam de receber aqui a sua pensão. São pessoas de Alferrarede, mas não só, surgem desde Mouriscas, Alvega, Pego, Rossio” etc.
Luís Agudo pretende aumentar pelo menos um posto de trabalho, mas admite que nesta fase quer “aproveitar o espaço para ter um serviço de qualidade”.
“Penso que temos qualidade, ou seja, fizemos um posto de CTT com seguros lá dentro. Não fizemos um escritório de seguros com um posto de CTT (…) Na maior parte dos casos é assim, ou seja, a pessoa tem o seu negócio e arranja um cantinho para os CTT. Nós não. Criámos um posto dos CTT e depois um cantinho para o nosso negócio”, fez notar o responsável.
Quanto a objetivos futuros, Luís pretende que as pessoas continuem “a utilizar e gostar dos nossos serviços (…) Vamos tentar, todos os dias, ser melhores para que as pessoas não tenham problemas. Queremos ser facilitadores e não complicar. Porque na verdade, tudo se faz”.
Joana Margarida Carvalho