Está quase tudo pronto para que Abrantes, o Tejo e a Oliveira do Mouchão recebam as equipas de produção, técnicos e atores para a gravação de uma curta-metragem de 30 minutos.
David Alves é um jovem natural de Abrantes que tem três paixões na sua vida: música, televisão e cinema.
Se na música, antes da pandemia, era presença assídua, com os seus teclados, nas festas e arraiais de verão a televisão entrou pela sua vida depois do curso superior, com estágio na TVI. O David esteve na TVI e para fechar o estágio e nesse dia realizou, sob olhar atento do seu orientador, João Patrício, o programa da tarde, conduzido por Fátima Lopes.
Quando Cristina Ferreira transitou para a SIC o jovem acompanhou a apresentadora, acontecendo o mesmo quando esta regressou à TVI, estando nesta altura a trabalhar na direção de programas do canal de Queluz.
Depois há a outra paixão, o cinema. E se na faculdade o David teve algumas incursões na sétima arte, 2021 trouxe-lhe a oportunidade de poder avançar com uma ideia sua. Criar e gravar uma curta-metragem por terras de Abrantes.
E foi com esse objetivo que a equipa de argumentistas criou a sinopse e o enredo de um filme que terá a duração de 30 minutos e que se vai chamar “Ponto de Fuga”. Como abrantino que é indicou os cenários da cidade de Abrantes, do rio Tejo e da oliveira do Mouchão, em Mouriscas, para fazer a rodagem. E, se tudo correr bem e como planeado, as equipas de produção e filmagem estarão no terreno por alturas da primavera, ou seja, daqui a um mês e meio ou dois meses.
Neste momento a equipa da curta “Ponto de Fuga” está a negociar parcerias para suportar o orçamento da produção, para além de uma campanha de Crowdfunding (https://ppl.pt/pontodefuga) aberta até dia 10 de fevereiro. As parcerias, de acordo com David Alves podem ser feitas em produtos que podem vir a fazer parte do filme, por exemplo, um vinho ou um azeite. Essas reuniões estão a decorrer neste momento.
Certo é o apoio da Câmara Municipal de Abrantes decidiu atribuir a verba de 1.410 euros. De acordo com uma informação do município 1.040 euros, serão para assegurar o alojamento da equipa técnica, atores e os restantes 370, são custos estimados relativamente ao transporte a efetuar no autocarro municipal. Este apoio mereceu a aprovação unânime do Executivo Municipal na reunião realizada a 2 de novembro de 2021.
David Alves explicou que "Ponto de Fuga" conta a “história do regresso de Anita à casa dos avós, em Abrantes, depois da morte da avó. O retrato de uma família desfeita que vai encontrando respostas nas conversas cúmplices de Anita com o avô Manuel e nas páginas do velho diário da avó Olívia.”
E a Oliveira do Mouchão entra neste enredo porque a avó de Anita era pintora e os seus pincéis eram muito específicos, eram ramos da oliveira mais antiga do país. A acrescentam-se os barcos e o rio Tejo e nesta ligação ribeirinha, junta-se um conjunto de outras imagens de Abrantes.
Nesta altura o elenco deverá estar fechado. São quatro personagens, conhecidas pelo público. O realizador revela que haverá depois um casting para figurantes os dias das gravações.
O guião está praticamente fechado e o projeto está em fase de pré-produção. Falta ter o projeto financeiro completo para que em final de março ou abril possam acontecer as gravações. “São quatro a cinco dias de gravações”, explicou David Alves acrescentando que a ideia original foi sua, mas que ganhou outra dimensão quando se juntou à produtora Adesiva e à equipa de argumentistas que trabalho no projeto. Com esta união o “Ponto de Fuga” ganhou cresceu para uma curta-metragem independente com o objetivo de poder ser candidatada a festivais de cinema.
David Alves e a produtora adesiva tem como objetivo principal a participação em festivais de cinema de renome, nacionais e internacionais, tais como Festival de Cannes, de Berlim, de Toronto, de Veneza. Por outro lado, pretendem a exibições em várias plataformas e salas de cinema, incluindo possivelmente canais televisivos.
Desta forma “promovemos o nosso país e a nossa cultura, bem como os nossos apoiantes e patrocinadores, além-fronteiras”, defendem.