A situação de seca que tem afetado Portugal, Espanha e outras partes da União Europeia (UE), estará em debate na sessão plenária do Parlamento Europeu (PE), que se inicia na segunda-feira, em Estrasburgo, França.
O debate sobre a seca está agendado para quinta-feira, o último dia da sessão, e deverá abordar as medidas e os mecanismos de apoio que poderão ser ativados a nível da UE para fazer face a este e outros fenómenos climáticos extremos, em particular para ajudar os agricultores, e o combate às alterações climáticas.
O debate foi agendado a pedido da delegação do PSD no PE, tendo sido alargado a outras zonas da UE afetadas pela falta de chuva, para além de Portugal.
Na terça-feira, os eurodeputados debatem com a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, as perspetivas da inflação e o estado da economia europeia.
A Comissão Europeia reviu no dia 10 em alta a taxa de inflação em 2022, para 3,5% na zona euro face aos 2,2% anteriormente previstos, numa altura em que os preços batem máximos puxados principalmente pelo setor energético.
Na agenda da plenária está ainda a proposta de medidas para acelerar o investimento na energia eólica marítima, incluindo no Atlântico, a fim de contribuir para a consecução dos objetivos climáticos.
Segundo um relatório que será debatido na quarta-feira, a região do mar do Norte é atualmente líder mundial em termos de capacidade instalada de energia eólica marítima.
O texto refere ainda que “os Estados-membros ocidentais da UE na costa atlântica têm um elevado potencial natural para a produção de energia eólica marítima fixa e flutuante”.
Na quarta-feira, os eurodeputados vão fazer, com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e a presidência francesa da UE, um ponto de situação sobre a aplicação à Polónia e Hungria do regulamento que condiciona o desembolso de fundos ao respeito pelo Estado de direito.
A cimeira UE-União Africana, que decorre na quinta e sexta-feira em Bruxelas, está na agenda de um debate na sessão plenária com o Alto Representante para a Política Externa, Josep Borrell, na terça-feira.
Lusa