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Francisco Armando Fernandes faleceu esta quarta-feira, dia 8 de março de 2023, e estava internado na unidade hospitalar de Abrantes do Centro Hospitalar do Médio Tejo, tinha 78 anos.
O corpo de Francisco Armando Fernandes vai ser velado na Casa Funerária de Rio de Moinhos, em Abrantes, a partir das 15 horas de hoje até às 10/11 horas de sexta-feira. Depois, parte para enterrar em Lagarelhos, concelho de Vinhais, no distrito de Bragança.
Francisco Armando Fernandes nasceu em Bragança a 6 de maio de 1945, mas vivia em Rio de Moinhos.
Licenciado em História pela Universidade Clássica de Lisboa, concluiu o Curso Superior de Bibliotecário-Arquivista na Universidade de Coimbra e é Mestre em Estudos Portugueses pela Universidade Nova de Lisboa. Investigador na área da História da Alimentação, Costumes e Usanças Alimentares e consultor cultural.
Armando Fernandes, como era conhecido, trabalhou em consultoria cultural e foi inspetor de bibliotecas da Fundação Calouste Gulbenkian.
Na política, destacou-se na fundação do PRD, Partido Renovador Democrático, em 1985, sendo muito próximo do seu fundador, Hermínio Martinho.
Foi deputado eleito por este partido pelo círculo de Santarém na IV Legislatura (1985-1987) e na V (1987-1991).
Francisco Armando Fernandes tornou-se militante do PSD em 1 de fevereiro de 2000 e fez parte das listas do partido à Assembleia Municipal de Abrantes em 2001, 2005 e 2009 tendo acompanhado os candidatos à presidência da Câmara Pedro Marques, nas duas primeiras candidaturas, e Santana Maia Leonardo, em 2009.
Colaborador, desde sempre, em vários órgãos de comunicação social nacionais e também regionais, entre eles a Antena Livre onde assinava uma crónica de opinião às quartas-feiras, desde 2005. Assinava todos os meses no Jornal de Abrantes uma crónica de opinião desde 2021.
Homem da cultura e gastrónomo dedicado, investigou a história da cultura e das culturas regionais, do municipalismo, da história dos produtos, da alimentação e da gastronomia.
Tem diversos livros publicados, entre os quais “À mesa em Mação – Carta Gastronómica”, que lhe valeu o Prémio Internacional de Literatura Gastronómica, em 2014.
Desenvolveu atividade no domínio das indústrias culturais e criativas, tem diversas obras publicadas e colaborava em vários órgãos de imprensa.
É autor das seguintes obras, entre outras: Contrastes e Transformações na cidade de Bragança: 1974-2004; Contrastes e Transformações em Vila de Rei 1974-2004; Contrastes e Transformações em Vila de Rei 2005-2013; Bragança Marca a História/A História Marca Bragança; Meu Nome é Bragança; Figuras Notáveis e Notórias Bragançanas; Cadernos de Receitas Transmontanas; Comeres Bragançanos e Transmontanos; À Mesa em Mação – Carta Gastronómica (Prémio da Academia Internacional de Gastronomia); Cozinha Económica em Portugal; Sabores da Aldeia – Carta Gastronómica das Aldeias do Xisto, (Prémio Francisco Sampaio); Ágape – Banquete Ritualístico Maçónico; Carta Gastronómica do Concelho de Bragança.
Colaborador permanente da Revista INTER – Comeres. Beberes, e outros prazeres e escreveu nos jornais O Ribatejo, A Barca, Mensageiro de Bragança, Nordeste Informativo, Jornal de Abrantes, no digital Médio-Tejo e na Rádio Antena Livre. É igualmente autor de conteúdos para o projeto Observatório Nacional da Gastronomia em Santarém.
Estava atualmente envolvido na terceira revisão da Carta Gastronómica do concelho de Mação.
O Grupo Media On, detentor da Rádio Antena Livre, Rádio Tágide e Jornal de Abrantes, assim como toda a sua equipa, apresenta sentidas condolências à família e lamenta a perda de um colaborador que todas semanas tinha o condão de nos provocar um sorriso.
Deixamos a última crónica de opinião na Antena Livre emitida no dia 1 de março de 2023.
