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A Feira de S. Matias abriu “portas” oficialmente esta quarta-feira depois de um ano de interregno por causa da pandemia e num período de desconfinamento e alivio de medidas restritivas. Aliás, a Feira foi preparada ainda num período em que era necessário a apresentação de certificado digital ou teste negativo. Mas com o alívio das medidas, anunciado a 17 de fevereiro, deixou de haver essa necessidade, mas a disposição prevista acabou por ser implementada.
Corria o mês de março de 2020, logo após a Feira de S. Matias o país entrou em emergência e em confinamento generalizado. Em 2021 Portugal continuava a ter nova vaga de Covid-19 e, dessa forma, não houve qualquer hipótese de realização do evento.
Este ano sim já foi possível preparar a realização da Feira, mesmo com algumas limitações.
A Feira de S. Matias é a primeira do ano para a generalidade dos feirantes e, para alguns, a primeira em dois anos muito difíceis. Alguns feirantes revelaram que fizeram uma ou duas no verão de 2021 e nada mais do que isso. Já para a quase totalidade dos feirantes com divertimentos eletromecânicos é mesmo o primeiro evento pós-pandemia. Por isso, a expectativa é elevada porque, dizem, os feirantes acreditando que a população também está sedenta de eventos ao ar livre.
A Feira tem, grosso modo, as mesmas ofertas de outros anos. Este ano a novidade é mesmo a roda gigante. Trata-se de uma estrutura com 32 metros de altura, com capacidade para transportar 144 pessoas em cada “voltinha” de cinco minutos, garantiu Francisco Alverca, o responsável pelo divertimento. Este é, aliás, o divertimento com mais impacto pela sua dimensão e que acaba por ser, de acordo com o presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, o bilhete-postal para todos quantos circulam pela Estrada Nacional 2 e, obviamente, pela ponte sobre o rio Tejo.
O presidente da Câmara de Abrantes revelou que tem vindo a ser feito um plano de pequenas intervenções para criar melhores condições para os feirantes, desde logo com a instalação de potência elétrica suficiente para garantir o pleno funcionamento de todas as estruturas.
Por outro lado, o autarca vincou que estas feiras têm, em relação a outros tempos, menos preponderância e atratividade na população pelo que é preciso criar outro tipo de ligações à comunidade. Só dessa forma poderá haver um apelo a uma maior participação da população.
Desde logo com animação. O espaço da Feira de S. Matias terá diversa animação cultural no recinto nos dias 26 e 27 de fevereiro e nos dias 1, 5, 6, 12 e 13 de março, às 15h e às 17h.
Manuel Jorge Valamatos revelou ainda que nas próximas edições terá de haver um reforço maior com a comunidade. “É preciso chamar o associativismo a este espaço e tem de haver uma maior presença dos nossos produtos locais”, explicou Manuel Jorge Valamatos. Embora não tenha referido os moldes desta “ligação” poderá haver uma espécie de evento paralelo com a presença de associações e dos produtos locais. E, de acordo com Valamatos, há muitos locais para poder alagar a Feira.
Manuel Jorge Valamatos, presidente CM Abrantes
A Feira de S. Matias, essa, é mais curta que em anos anteriores, mas continua a ter os locais de romaria. Entre as farturas e o pão com chouriço, as pipocas ou o algodão-doce, sem esquecer carroceis para miúdos e graúdos. A casa fantasma, os carrinhos de choque ou a barraquinha de tiro juntam-se à realidade virtual.
Nas áreas mais tradicionais, a cutelaria marca presença, assim como os artigos para o lar, em barro, malas e sapatos ou produtos mais esotéricos. E os brinquedos, naturalmente, também estão presentes.
A Feira de S. Matias está a funcionar até 13 de março.
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