A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil anunciou hoje a abertura de um concurso para o reforço da força especial com mais 117 elementos, no âmbito do fortalecimento da resposta nacional e internacional.
O concurso para os elementos da força especial de proteção civil será lançado “a muito breve prazo”, afirmou o presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, José Duarte da Costa, especificando que “serão 117 elementos que vão integrar, corporizar e fortalecer aquilo que é a resposta nacional ao sistema de proteção civil”.
Os futuros elementos da força especial contribuirão para o reforço da resposta no continente e nas regiões autónomas, bem como a nível internacional através do envio de elementos para “a Turquia, o Canadá, o Chile e Espanha”, exemplificou o mesmo responsável.
O lançamento do concurso para o reforço de operacionais foi feito nas Caldas da Rainha, no distrito de Leiria, no âmbito da assinatura de um contrato de aquisição de 47 veículos de combate a incêndio rurais, num investimento de 2,2 milhões de euros ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
A cerimónia, presidida pelo ministro da Administração Interna (MAI), José Luis Carneiro, foi ainda marcada pela visita à obra de ampliação das instalações do Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Oeste com o objetivo de “sinalizar três dimensões do investimento público nacional e europeu no fortalecimento das capacidades da proteção civil do nosso país”, disse o governante.
A primeira tinha a ver com a implementação dos comandos sub-regionais de proteção civil, uma meta do PRR que, segundo o MAI, procurou “adequar a resposta da proteção civil à estrutura regional correspondente às comissões de coordenação e desenvolvimento regionais e, por outro lado, às comunidades intermunicipais”.
“Essa orientação política tem por trás de si uma outra orientação, mais duradoura e mais estratégica, que é de dimensão de a proteção civil preventiva estar articulada com a identificação dos riscos e das estratégias de base” com foco os “planos de ação constituídos em termos municipais”, explicou José Luis Carneiro.
Sublinhando que “quanto mais capacitados estiverem os subsistemas locais e sub-regionais mais capacitada [estará] a proteção civil no seu todo” o ministro sublinhou que a implementação dos 24 comandos sub-regionais “foi uma das mais importantes mudanças feitas nos últimos anos no domínio da proteção civil”.
No que toca às duas outras dimensões, José Luis Carneiro, referiu “o rejuvenescimento” da estrutura de proteção civil, com a abertura do concurso para novos elementos e a valorização da capacidade operacional, corporizada hoje na assinatura do contrato para a aquisição dos veículos.
À margem da cerimónia o ministro precisou que “a proteção civil nacional tem cerca de 40 milhões de euros de investimento em curso, nomeadamente na implementação dos comandos sub-regionais e no seu desenvolvimento ao nível das suas infraestruturas, materiais e tecnológicas”.
De acordo com o governante cerca de 14 milhões de euros são destinados à aquisição de 81 veículos táticos operacionais para a força especial de proteção civil e para associações humanitárias.
O ministro estimou ainda um investimento de sete milhões de euros em equipamentos de proteção individual para os bombeiros portugueses e “um investimento expressivo na capacitação de recursos humanos por intermédio da Escola Nacional de Bombeiros, num esforço que ultrapassará os mais de 3.000 bombeiros que irão ser capacitados”.
Lusa