A GNR assinala a partir de hoje o regresso às aulas com ações para sensibilizar alunos, professores e encarregados de educação para a necessidade de comportamentos de autoproteção, numa altura em que o Programa Escola Segura completa 31 anos.
Em comunicado, a GNR informa que as ações vão decorrer nas cerca de 5.000 escolas na sua área de responsabilidade, entre hoje e sexta-feira, e pretendem ainda apelar à inclusão, prevenindo “comportamentos desviantes da ordenação social”.
Durante este período a força de segurança divulgará ainda o Programa Escola Segura, que celebra 31 anos de existência, e dará a conhecer os militares responsáveis pelo programa na respetiva escola, com a divulgação dos contactos, contribuindo para uma maior proximidade e para a importância da segurança escolar das crianças e dos jovens.
Os cerca de 400 militares das Secções de Prevenção Criminal e Policiamento Comunitário vão promover ações de sensibilização no âmbito da segurança na rua, em casa e também da segurança rodoviária, uma vez que o fluxo de trânsito aumenta devido ao transporte dos alunos para as escolas.
Aos jovens estudantes, a GNR aconselha a circular no caminho para a escola, sempre que possível, acompanhados e evitando passar em locais isolados ou com pouca luz. “Nem sempre o caminho mais perto é o caminho mais seguro”, é referido.
Memorizar no telemóvel o número do posto da GNR local, num dos números de marcação rápida, é outros dos conselhos de segurança.
Já quanto ao uso da internet, apela-se aos jovens para que escolham bem os conteúdos que publicam e guardem bem as suas palavras-passe, evitando partilhá-las com amigos, alterando-as com regularidade e usando palavras-passe diferentes para vários serviços.
Apela-se ainda à denúncia por parte dos jovens sempre que se sintam ameaçados, lembrando: “Não acredites em tudo o que te dizem ou mostram.”
Aos pais, é recomendado que acompanhem o desenvolvimento escolar e as rotinas dos filhos e que contactem a GNR sempre que tiverem conhecimento ou suspeita de que o/a filho/a ou colegas estejam a ser vítimas de ameaças, agressões ou outro tipo de crime.
O ano letivo 2023/2024 arranca a partir de hoje para cerca de 1,3 milhões de alunos do 1.º ao 12.º ano, mas muitos não terão ainda todas as disciplinas por faltarem professores nas escolas.
As escolas têm a partir de hoje e até sexta-feira para dar oficialmente início ao ano letivo, mas a escassez de professores volta a assombrar o regresso às aulas, ao deixar milhares de alunos sem docente a pelo menos uma disciplina.
No final da semana passada, mesmo depois de terem sido colocados quase três mil docentes, as escolas tinham ainda cerca de 1.300 horários vazios e, na segunda-feira, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) falava em mais de 100 mil alunos sem professor.
Lusa