A Guarda Nacional Republicana realizou em fevereiro 715 ações de sensibilização, alcançando milhares de proprietários, para o risco de incêndio rural, num balanço intermédio da ação Floresta Segura 2024 hoje divulgado.
“Nesta fase não estamos a fiscalizar. O que pretendemos não é levantamento de autos, pretendemos que todos os terrenos que se encontrem em possíveis situações de infração sejam regularizados”, afirmou à Lusa o major Ricardo Samouqueiro, da Direção do Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente (Sepna) da GNR, adiantando que os dados hoje divulgados em comunicado são referentes ao período entre 01 de fevereiro e 03 de março.
A fase de fiscalização terá início em 01 de maio, explicou o major da GNR. Até lá é “ir porta a porta a sensibilizar cada proprietário para o combustível acumulado nos seus terrenos e o risco de incêndio".
Nestas ações, a GNR tem notado uma “maior consciencialização” dos proprietários para a prevenção e limpeza dos terrenos, acrescentou.
De acordo com o comunicado, a GNR está a realizar “ações de sensibilização, de fiscalização, de vigilância e deteção de incêndios rurais, de investigação de causas dos crimes de incêndio florestal e validação das áreas ardidas, de forma a prevenir, detetar, combater os incêndios rurais e reprimir atividades ilícitas, procurando garantir a segurança das populações e a preservação do património florestal”.
As pessoas são alertadas para evitarem “comportamentos de risco”, tendo sido “efetuadas 2.859 sinalizações nas freguesias prioritárias, aquelas que apresentam potencial risco de incêndio rural”.
Neste período, foram “registadas 206 ocorrências de incêndio e 22 contraordenações (14 por queimas e oito por queimadas)”, tendo sido “registados até ao momento 93 crimes, efetuadas três detenções e identificados 13 suspeitos”, refere ainda o comunicado.
Apesar destes casos, esta “fase da operação tem como objetivo principal a prevenção com ações de sensibilização dirigidas aos cidadãos e entidades, com vista à alteração de comportamentos e à adoção das melhores práticas de segurança individual e coletiva”, refere a GNR.
“O esforço principal está a ser desenvolvido para despertar consciências para a importância da adoção de medidas de autoproteção e para a redução do risco de ocorrência de incêndios”, pode ainda ler-se no comunicado.
Lusa