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Go Europe: um passo em Abrantes, cinco mil na Europa

13/11/2017 às 00:00

A Go Europe é uma Associação sem Fins Lucrativos criada por Carsten Witt, que caminhará de Lisboa até Tallinn, na Estónia. O objetivo é solidificar o conceito do que é “ser europeu”. Com os donativos recolhidos ao longo da jornada, a associação pretende transformar um edifício que foi prisão e campo de concentração num espaço de construção europeia. Abrantes foi uma das paragens no final da semana passada.

Andar 20 km por dia, 100km por semana e 5000km para percorrer a Europa num ano. Este é o meio para atingir um dos principais focos da Go Europe. “O objetivo não é destruir a identidade de cada um, mas sim perceber a potencialidade de se possuir uma identidade europeia, uma identidade histórica combinada, como se colocada debaixo do mesmo guarda-chuva político, social e económico”, afirma Carsten Witt, de 76 anos, engenheiro civil e antigo professor.
A 2 de novembro foi dado o primeiro passo na Praça do Comércio, em Lisboa, e uma semana depois a Go Europe fez a sua passagem por Abrantes. Lisboa foi o ponto de partida para esta jornada pois foi na capital portuguesa que, em 2007, se ratificou o Tratado de Lisboa, reforçando a eficiência das infraestruturas e políticas europeias e Tallinn, devido à proximidade com a Rússia. “Penso que são necessárias boas relações com a Rússia apesar de que a nível político as coisas não sejam assim tão fáceis”, afirma Witt.
Foi no Luna Hotel Turismo de Abrantes que Carsten Witt confidenciou que esta caminhada ficará completa com a construção de um Centro de Estudos Europeus, na Estónia, na Fortaleza-Prisão de Patarei, que foi utilizada como campo de concentração. O objetivo é reunir 50.000 pessoas por ano para trabalhar num intercâmbio profissional e “até um simples barbeiro terá a hipótese de fazer parte deste projeto”.

Alunos da ESTA estiveram à conversa com o grupo no Luna Hotel

Até agora este projeto tem sido muito bem recebido pelos portugueses. Descontraído e informal, Witt reconhece a bondade do povo lusitano, dizendo que “os portugueses, apesar da situação económica do país, têm contribuído com ótimas experiências, incluindo gastronómicas”. Na zona de Abrantes cumpriram o objetivo de contactar com diferentes entidades, para perceberem formas de vida próprias de cada região.
Curiosamente, a acompanhar Carsten Witt nesta iniciativa encontra-se Richard Reis, português de 25 anos, que entrou neste mesmo projeto através do convite de Maria-João Neves, Embaixadora deste grupo em Portugal. “Tornei-me mentor do trajeto da Go Europe em Portugal para tratar da logística e da Comunicação Social” – explica o jovem.
A paixão pela aventura e por conhecer pessoas novas foi tomada por experiências semelhantes, o que motivou Richard Reis a caminhar neste movimento.  “Neste momento contamos com três pessoas, mas estamos à espera de aumentar o número de elementos. Eu conduzo durante todo o percurso num carro elétrico, onde levo toda a bagagem que necessitamos para o resto da viagem”, destaca.
A Go Europe lança o desafio a todas as pessoas que quiserem participar nesta jornada, garantindo que, “no final do percurso, o sentimento existente será mesmo o de missão cumprida”, conclui Richard Reis. A participação neste projeto pode ser feita através de donativos, na página da associação, onde se encontra mais informação sobre os objetivos da associação: www.go-europe.eu

 

Daniela Sousa, Guilherme Assunção, e Marta Proença, alunos de Comunicação Social da ESTA

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