Chamam-lhe a Super Lua e costuma “apresentar-se” nas redes sociais com imagens fantásticas captadas, a maior parte por máquinas fotográficas com lentes de ampliação ou elevada capacidade de zoom. Trata-se de uma Lua quase Cheia, uma vez que atinge esse ponto, nas contas exatas dos astrónomos, durante a madrugada, pouco depois das 3 horas. Mas normalmente, é quando “nasce”, ou seja, quando surge no horizonte, que parece ser uma gigante bola amarelada ou nalguns casos em tons mais alaranjados.
Mas uma Super Lua é maior que uma Lua Cheia normal? Foi esta a pergunta a que nos respondeu o astrónomo Máximo Ferreira, responsável pelo observatório do Centro de Ciência Viva de Constância.
E a resposta é uma espécie de sim e não. Confuso?
Vamos por partes. À vista desarmada, só no olhar a Lua não há diferença nenhuma. Ou parece não haver. Para os mais observadores de pormenores poderão é ver um luar maior, mais nítido. Pode a Lua neste dia parecer um enorme disco espelhado e que por isso reflete mais luz do Sol. Ou seja, é mais brilhante.
Mas se olharmos através de telescópio ou de uma máquina fotográfica com capacidade de Zoom pode notar algumas diferenças. Mas, mesmo assim, Máximo Ferreira explica que onde vai notar a maior diferença é se fizer uma fotografia e daqui a um mês (mais ou menos) quando a Lua chegar novamente à fase de Cheia fazer uma nova fotografia. E depois comparar. E pode, aí, perceber que a Lua de hoje pode efetivamente ser maior do que a próxima, a de maio, por exemplo.
Máximo Ferreira, astrónomo e diretor do Centro de Ciência Viva de Constância
O astrónomo diz que é uma circunstância é que a Lua de hoje, cerca das 18 horas vai atingir o seu ponto mais próximo da Terra. Ou seja no seu trajeto a Lua pode estar a 356 mil quilómetros da Terra, ou a 404 mil, por isso parecerá ser maior ou menos consoante a distância a que está de nós.
Máximo Ferreira diz que se pode olhar para a Lua sem sair de casa. Devemos, nestes tempos, olhar e observar a Lua de casa, da janela, da varanda, do jardim sem sair de casa. Isto se as nuvens permitirem a sua visibilidade. Pode, aliás, diz o astrónomo, ser um bom passatempo para esta noite: observar a Lua.
E Máximo Ferreira deixa a sugestão para os mais novos poderem perguntar aos avós, “até lhe podem telefonar”, que histórias é que se lembram de ouvir sobre a Lua Cheia. “Seguramente, pode ser um bom serão de amena cavaqueira”, conclui Máximo Ferreira que lamenta não poder abrir o Centro de Ciência Viva de Constância, mas os tempos são é de ficar em casa.