Portugal tem mais de 42 mil idosos em situação de isolamento, com o distrito de Vila Real a concentrar o maior número de casos, de acordo com o balanço da Operação Censos Sénior 2020, divulgado hoje pela GNR.
A Operação realizada durante o mês de outubro com o objetivo de “identificar a população idosa, que vive sozinha, isolada, ou sozinha e isolada”, sinalizou 42.439 idosos a viver sozinhos ou em situação de vulnerabilidade nos 18 distritos do país.
Na edição de 2019 da operação “Censos Sénior”, a GNR sinalizou 41.868 idosos que vivem sozinhos e/ou isolados, ou em situação de vulnerabilidade, em razão da sua condição física, psicológica, ou outra que possa colocar a sua segurança em causa.
O distrito de Vila Real lidera a tabela, com 5.065 idosos a viver sozinhos ou isolados, seguido da Guarda (4.585), Viseu (3.402), Beja (3.403), Faro (3.313), Bragança (3.285) e Portalegre (3.104), refere hoje a GNR.
Lisboa, com 767 sinalizados, e Porto, com 857, são, por outro lado, os distritos do país em que os militares registaram menos idosos em situação de vulnerabilidade.
Nos restantes distritos apenas em Évora (2.654) e Santarém (2.035) foram sinalizadas mais de duas mil situações, seguindo-se Castelo Branco (1.842), Setúbal (1.734), Braga (1.543), Aveiro (1.383), Coimbra (1.334), Viana do Castelo (1.043) e Leiria, com 1.090.
Em comunicado, a GNR informa que, durante a operação, foram realizadas 34 ações em sala e 3.652 ações porta a porta, abrangendo um total de 20.747 idosos.
A par com o levantamento destas situações, a operação serviu para alertar os idosos “para a adoção de comportamentos de segurança que permitam reduzir o risco de se tornarem vítimas de crimes, nomeadamente em situações de violência, de burla ou furto”, bem como prevenir comportamentos de risco e sensibilizar para a adoção de medidas preventivas de propagação da pandemia de covid-19.
A Operação “Censos Sénior” é realizada desde 2011, sendo a base de dados geográfica periodicamente atualizada e a GNR sendo os idosos sinalizados acompanhados através de visitas regulares às suas residências, conclui o comunicado.
Lusa