Mais de 90 concelhos dos distritos de Braga, Porto, Vila Real, Bragança, Viseu, Coimbra, Guarda, Castelo Branco, Santarém e Portalegre apresentam hoje um risco máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
O IPMA colocou também vários concelhos de todos os distritos do continente (18) em risco muito elevado e elevado de incêndio.
Na segunda-feira, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil disse que terça e quarta-feira apresentam um aumento muito significativo do risco de incêndio rural devido às condições meteorológicas, e pediu “tolerância zero” para o uso de fogo.
“Vamos assistir a um aumento muito significativo do perigo meteorológico de incêndio rural, com maior expressão no Centro e no Norte. Traduz-se em tempo seco e quente, com vento, e com uma variável que não ocorre muitas vezes: é muito provável que no território nacional possam ocorrer trovoadas, fruto da instabilidade atmosférica que está prevista para a tarde de hoje e durante amanhã [terça-feira]”, afirmou o adjunto nacional de operações da ANEPC, Pedro Nunes.
O Governo determinou também na segunda-feira que 10 distritos do continente vão estar hoje em situação de alerta.
Em comunicado, o Ministério da Administração Interna refere que a Declaração da Situação de Alerta, durante as 24 horas de hoje, abrange os distritos de Aveiro, Beja, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Faro, Guarda, Santarém, Vila Real e Viseu.
A declaração do Governo surge na sequência de a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil ter determinado o estado de Alerta Especial de Nível Laranja (o segundo mais grave) para os distritos referidos.
No âmbito da situação de alerta são implementadas medidas excecionais como a proibição do acesso, circulação e permanência no interior de espaços florestais previamente definidos nos Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios.
A mesma proibição aplica-se a caminhos florestais, caminhos rurais e outras vias que os atravessem.
A declaração da situação de alerta implica, por exemplo, a elevação do grau de prontidão e resposta operacional da GNR e PSP, com reforço dos meios para operações de vigilância e outras, podendo ser interrompidas férias e folgas.
O risco de incêndio, determinado pelo IPMA, tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo.
Os cálculos são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.
Lusa