O Presidente da República assinala hoje o Dia Internacional Contra a Discriminação Racional enaltecendo "o lugar de Portugal como país de acolhimento aberto" e apelando a que se torne "menos desigual, mais diverso e inclusivo".
Numa mensagem publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa começa por "exaltar o lugar de Portugal como país de acolhimento aberto, universal e ecuménico" para assinalar esta data.
"Num tempo desafiante, marcado pela covid-19 e pelo acentuar das desigualdades na sociedade portuguesa, importa, mais do que nunca, não abrirmos mão do diálogo e de uma convivência pacífica e amigável, unidos na convicção de que aquilo que nos une supera aquilo que nos separa", escreve.
Segundo o chefe de Estado, também "mais do que nunca", há que ambicionar "um Portugal menos desigual, mais diverso e inclusivo, onde todos possamos aspirar a um futuro mais próspero".
"Nas nossas vidas particulares, importa que a animosidade e o preconceito deem lugar à serenidade, à amizade, à boa vizinhança e à compreensão mútua", afirma.
Marcelo Rebelo de Sousa faz um apelo à união "em torno deste desígnio".
"As feridas que nos separam são também as feridas que nos unem. Que possamos sará-las sem medo e com esperança. Que possamos, neste dia, invocar o que nos aproxima e recordar a nossa condição comum", acrescenta.
A Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o dia 21 de março como Dia Internacional para Eliminação da Discriminação Racial evocando o massacre de Sharpeville, na África do Sul.
Em 21 de março de 1960, em Sharpeville, a polícia sul-africana abriu fogo e matou 69 pessoas numa manifestação pacífica contra legislação do regime do apartheid, de segregação racial.