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Município Abrantes
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Mouriscas: Rota cultural e etnográfica mostra um “grande potencial que estava praticamente inacessível”

28/09/2017 às 00:00

António Louro, de Mouriscas, no concelho de Abrantes, foi um dos responsáveis dos 38 projetos vencedores da 1ª edição do Orçamento Participativo (OP) Portugal, com a proposta “A Rota cultural e etnográfica das ribeiras da Arcês, Rio Frio e Rio Tejo”.

O Governo da República disponibilizou 3 ME para projetos propostos por cidadãos.

António Louro explicou à AL que a ideia surgiu por parte de um grupo de mourisquenses, já “com dezenas largas de aderentes”, que começaram o projeto pela limpeza de vários trilhos, nomeadamente na proximidade da ribeira da Arcês.

“Esta proposta está intrinsecamente relacionada com a tentativa de criarmos uma rota cultural e etnográfica das duas ribeiras, Arcês e Rio Frio. Esta última confina com o concelho de Mação e a de Arcês confina com o concelho de Sardoal e liga com o rio Tejo na zona onde existiu a Mata Real aqui em Mouriscas”, referiu.

Segundo António Louro, naqueles locais onde está prevista a implementação da rota “existe uma grande diversidade patrimonial, cultural, etnográfica, com açudes, azenhas, ruínas,”etc. O responsável lembrou ainda que os locais têm um “grande potencial que estava praticamente inacessível e que só existia nas memórias das pessoas mais antigas”.

Segundo a página oficial do OP de Portugal, a proposta prevê a “criação de uma rota pedestre de cariz cultural e etnográfica em zonas de intensos vestígios de património antigo e outro mais recente, nomeadamente: pontes e calçadas romanas, grutas, castelos, antas, lagares, azenhas, levadas, etc. Além de uma forte ligação cultural esta rota abrangerá também o domínio turístico e terá ainda uma componente religiosa, prevendo-se que a mesma possa passar na zona das capelas de Nossa Senhora da Lapa (Sardoal), Nossa Senhora da Tocha e Nossa Senhora dos Matos (Mouriscas-Abrantes). Esta rota fará ligação com duas rotas existentes no concelho de Sardoal (a PR3 e a PR5) e ainda com uma grande rota existente na margem direita do Tejo (a GR12)”.

Junto da Ribeira da Arcês é possível encontrar “cerca de 15 lagares e azenhas, vários açudes, vários quilómetros de levadas, 4 grutas, 2 pontes romanas, 1 barragem, 1 praia fluvial, 1 calçada romana, vestígios de um antigo castelo, inscrições antigas, vários destes locais são descritos em lendas que se encontram publicadas em livros”.

Por sua vez, na Ribeira de Rio Frio é possível passar por “cerca de 10 lagares e azenhas, uma ainda em funcionamento, vários açudes, vários quilómetros de levadas, uma anta, vestígios de extração mineira, uma grande charca e outros vestígios antigos”.

No Rio Tejo encontra-se “o canal de Alfanzira do tempo dos Filipes, restos do que foi a Mata Real de Alfanzira, muitas oliveiras milenares incluindo a mais antiga de Portugal com 3.350 anos, muitas pesqueiras, etc”, pode ler-se na informação disponível na página oficial do OP de Portugal.

O projeto tem a duração de 12 meses e um investimento de 80 mil euros.

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