Os municípios têm um papel “fundamental” no desenvolvimento turístico e devem, no próximo mandato, até 2025, reforçar o orçamento para potenciar a comunicação, estratégia e capacitação de recursos humanos, promovendo um “turismo sustentável”, indica um estudo hoje divulgado.
Estas são as principais conclusões apontadas por um estudo feito pelo IPDT – Turismo e Consultoria, que questionou técnicos superiores e elementos de executivos municipais e de Entidades Regionais de Turismo, analisando “o impacto que o setor do turismo teve nas políticas autárquicas no mandato 2017/2021” e identificando apostas para o horizonte pós-eleitoral.
“É através da sua visão e das suas políticas que os destinos – mesmo aqueles com menor população – podem alcançar um papel central e de destaque na oferta turística nacional”, justificou o presidente do IPDT, António Jorge Costa, citado num comunicado.
Com a atividade turística a ter “um papel determinante no desenvolvimento dos territórios e das comunidades locais”, o IPDT destacou que as autarquias “desempenham um papel fundamental no âmbito do turismo”.
O estudo que aquele organismo realizou teve como objetivo perceber quais as áreas que devem orientar a ação autárquica no mandato resultante das eleições marcadas para o próximo domingo.
A mesma fonte referiu que o inquérito, efetuado entre julho e agosto, permitiu traçar “quatro grandes linhas orientadoras para o mandato que se avizinha”, sendo uma delas a criação de um “pelouro de uma vereação, ao contrário do que acontece atualmente na maior parte das autarquias”.
A equipa promotora do estudo defendeu que “os orçamentos municipais devem reforçar a verba destinada ao setor, de forma a permitir implementar novas soluções e tornar os territórios mais atrativos”, e que a aposta no próximo mandato se deve centrar na comunicação, estratégia e capacitação de recursos humanos.
“Por último, a orientar todas estas prioridades de intervenção, está a aposta num desenvolvimento sustentável do setor do turismo”, completou o IPDT.
Quanto ao atual mandato autárquico, os resultados do inquérito aos responsáveis municipais do turismo e das entidades regionais do setor mostram que “o turismo foi um setor prioritário para a maioria das autarquias, que tiveram nos eventos e no desenvolvimento de estratégias as suas principais áreas de aposta”.
“O estudo revela ainda que desde o aumento da notoriedade dos territórios à reabilitação urbana e à geração de emprego, o turismo teve um impacto significativo no desenvolvimento dos territórios”, constatou a mesma fonte.
A “deficiente colaboração entre privados e públicos” e um “número insuficiente de recursos humanos integrados nas equipas técnicas” foram os “principais obstáculos à dinamização turística” que os resultados do inquérito identificaram, contrapôs.
Os resultados deste estudo estão contidos no ‘e-book’ intitulado “10 prioridades para o turismo no mandato 2021/2025”, que ficou hoje disponível para consulta no seu sítio de Internet do IPDT.
Lusa