Celebra-se hoje, dia 11 de janeiro, o Dia do Obrigado. Um dia foi criado para que as pessoas possam dizer obrigado e agradecer por algo de positivo. A Antena Livre esteve à conversa com a psicóloga Sofia Loureiro que explica a importância de agradecer.
“Saber agradecer, pela palavra direta do obrigado tem uma carga positiva quer para a pessoa que agradece, quer para a pessoa que recebe o agradecimento,” começa por explicar Sofia Loureiro, que acrescenta que agradecer “faz-nos sentir melhor connosco próprios e que aumenta a nossa empatia, a nossa tranquilidade e a nossa positividade.”
O “obrigado” já foi um sinónimo de educação que os pais transmitem aos filhos, no entanto, atualmente devemos ver que o ato de agradecer tem uma carga emocional muito forte e, até, bioquímica. “A educação tinha regras um bocadinho mais apertadas, mas acima de tudo, nessa questão da educação, subjacente estava uma questão que ainda se mantém que é o respeito. O respeito pela vida, o respeito pelos outros, o respeito por nós próprios. Em cada dia, por vezes, deixamos passar ao lado pequenas coisas que parecem pequeninas, mas que uma e outra e outra em que nós conseguimos dizer quer em voz alta, quer para nós mesmos “obrigada por isto me estar a acontecer”, é uma questão de respeito e é uma questão emocional conta a psicóloga.
Apesar de tofa a negatividade dos novos tempos, Sofia Loureiro diz que um simples "Obrigado" carrega uma carga positiva forte
O ato de dizer “obrigado” é algo importante e que não deve ser dito por obrigação porque precisamos de alguma coisa. “Há muito esta questão de que a vida deve-nos alguma coisa portanto, precisamos que nos façam, que nos serviam e claro que agora, é muito óbvio que temos de agradecer a quem está na linha da frente, mas não só pelo que fazem agora. É importante, nós termos esta consciência da gratidão e agradecermos mesmo, sem ser porque alguém nos está a fazer algo porque nós precisamos.” Diz Sofia Loureiro, reforçando a ideia de que agradecer faz-nos bem.
Com o novo confinamento à vista devido à pandemia, e depois de já termos estado em confinamento, o índice de cansaço é elevado e Sofia Loureiro diz que este cansaço “pode criar um nevoeiro para a positividade.” Todas as pessoas estão numa fase linear da sua estabilidade da saúde mental, Sofia Loureiro acrescenta que “parece que estamos numa montanha-russa” e que as pessoas que conseguem manter a sua flexibilidade mental, conseguem fazê-lo porque se focam no futuro e nas coisas que conseguem ter e fazer.
Sofia Loureiro deixa ainda uma mensagem. “Mantenham-se firmes, porque temos de nos manter firmes e com esperança, muita esperança.”