O Pacto Climático Europeu vai pedir hoje às autarquias para que promovam práticas de turismo regenerativo nos seus territórios, criando um “certificado verde” para as empresas do setor que sejam amigas do ambiente.
A embaixadora do Pacto Climático Europeu em Portugal, Ana Agostinho, deixará o apelo à Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) durante o arranque do Mirpuri Foundation Sailing Trophy, que se realiza na marina de Cascais.
Para Ana Agostinho, “urge lançar um apelo à ANMP para que promova padrões de sustentabilidade e práticas de turismo regenerativo junto de todas as autarquias portuguesas”.
“É necessário garantir em cada região que as empresas que trabalham com turistas os envolvem em práticas sustentáveis, por forma a diminuir a pegada ambiental gerada pela sua circulação e a preservar a biodiversidade e o património cultural”, defendeu.
As empresas devem ainda, de acordo com esta responsável, promover campanhas de sensibilização para o turismo regenerativo junto dos seus clientes e também deve ser mobilizada a comunidade local para a defesa do ambiente.
Ana Agostinho exemplificou que “a promoção pode ser feita através de redes sociais, ‘workshops’, folhetos e vídeos nos hotéis, informando como cada turista pode contribuir durante a sua estadia para o equilíbrio ecológico e quais são os roteiros sustentáveis”.
“As autarquias podem apoiar estas empresas na obtenção das condições para que lhes seja emitido um Certificado Verde de Turismo Regenerativo, nomeadamente através de ações de formação aos seus funcionários e a outros membros da comunidade”, sugeriu.
A embaixadora do Pacto Climático Europeu não tem dúvidas: “o turismo do futuro só será sustentável se for regenerativo”.
E, para isso, “Portugal precisa de uma abordagem mais consciente e sustentável no turismo, especialmente considerando os números impressionantes de visitantes que o país tem recebido”, defendeu, apontando para os “mais de 30 milhões de turistas em 2023”, que levam a que o impacto ambiental e social do turismo se tenha tornado “uma preocupação central”.
Lusa