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João Vieira: Paddle Azul...alegria e frescura no verão 2021

3/09/2021 às 09:30

Os desportos radicais ganharam uma nova modalidade na região do Médio Tejo. Com sede em Arripiado, concelho da Chamusca, a “Paddle Azul” chegou no início do verão e já conquistou centenas de adeptos que através seu criador, João Vieira, se ligaram com a mais pura natureza que a região oferece, descobrindo novos locais de forma diferente, com visitas a locais históricos e impactantes da região, com viagens inesquecíveis pelas águas dos rios Zêzere e Tejo.

Paddle”, o que é? Fomos conversar com o proprietário da “Paddle Azul”. João Vieira, tem formação em Desporto, realizada em França, na região da Costa do Azur Antibes, pratica surf há mais de 25 anos e paddle há mais de 15. Para poder operar em Portugal, fez ainda formação na Academia Desportiva SUP, em Óbidos.

 

João, comecemos por saber exatamente o que é o Paddle…

O Paddle é uma disciplina ancestral que nasceu na costa da Polinésia. Resumidamente, trata-se de movimento na água usando “apenas” uma grande prancha e um remo.

 

Sendo uma empresa recente e uma atividade nova na região do Médio Tejo, a adesão das pessoas foi surpreendente. Estavas à espera?

Confesso que foi com grande surpresa que vi as pessoas com muita vontade de praticar este desporto, principalmente por ser uma nova atividade, não habitual aqui na região. Estava otimista mas foi realmente uma surpresa boa.

 

Qual é a proposta que a Paddle Azul faz aos amantes desta prática?

A proposta que a Paddle Azul faz é que venham ter connosco e conhecer. Queremos que cada saída seja um momento de alegria e bem-estar e esquecer as preocupações da vida quotidiana, e enquanto se pratica este desporto isso acontece mesmo. Resumidamente, a nossa proposta é mesmo que venham conhecer a região através dos nossos passeios na água..

 

A quem é essencialmente dirigida esta prática desportiva? Jovens? Adultos? Todos? Quais são as condições para poder fazer uma inscrição?

Todas as idades são bem-vindas. Dos 10 aos 70 anos. É essencial saber nadar e não existirem condições de saúde que não sejam propícias a este desporto.

 

No entanto a Paddle Azul tem também as portas abertas a empresas e/ou grupos, certo?

Sim claro. Estamos já a trabalhar com empresas e clubes desportivos. Recebemos grupos de férias, ou aniversários, por exemplo.

 

Desde que estás a desenvolver esta atividade, o que mais te surpreendeu?

Foi mesmo o entusiasmo das pessoas ao praticar uma nova atividade desportiva. O Paddle é para mim uma paixão e não há nada melhor que poder partilhá-la desta forma com as outras pessoas..

 

E já aconteceu aparecerem pessoas...com medo?

Não diria com medo, mas apreensivas por terem que ficar em pé em cima da água. Já tem havido situações hilariantes.


É importante que se diga que não és apenas um curioso. Esta atividade é realizada totalmente em segurança, sendo que tu e a tua equipa têm a formação necessária para a desenvolver, certo?

A segurança sempre e acima de tudo. Nós queremos que as pessoas se sintam seguras quando estão a praticar o SUP. Queremos que essa seja uma imagem de marca nossa, além de uma obrigação e um dever.

 

Além de percursos nos rios Zêzere e Tejo, a Paddle Azul também tem as suas atividades no mar. Peniche é uma paixão e o mar é bem diferente do rio...

Sim, é verdade. O mar no geral é uma paixão e Peniche também, sim! O mar está sempre em movimento e com as suas ondulações é outra sensação. Igualmente boa, mas diferente. A energia não é a mesma.

 

E já aconteceu conseguirem cativar alguém do rio, para o mar?

Sim, já! Já houve quem quisesse passar do rio para o mar e... o mar é viciante. Não se consegue explicar com palavras. É preciso sentir.

 

Como sentiste a recetividade das entidades oficiais da região perante a perspetiva de desenvolver aqui esta atividade?

Muito boa. Todos ficaram entusiasmados e expectantes. A Câmara Municipal da Chamusca, concelho onde a Paddle azul está sediada, foi incansável e agradeço muito, bem como à comunicação social da região que tem tido curiosidade e claro, a minha aldeia: Arripiado.

 

O verão foi cheio e vamos ainda ter muito calor pela frente. Sabemos que as marcações continuam a acontecer, mas qual o balanço que podes fazer até agora? Pelo que já conversámos, deduzo que a aposta esteja ganha...

Sim. Sem dúvida que foi uma boa aposta. Estou muito feliz porque para desenvolver esta atividade foi necessário um investimento pessoal avultado e em tempos de pandemia, os receios existiam confesso. Mas ver o sorriso de pessoas felizes depois de um passeio é a minha maior recompensa. Agradeço a Deus todos os dias.

 

Apesar de teres a tua vida estabelecida em França, apostas nesta modalidade a partir do “teu berço”, que é o Arripiado, onde tens as tuas raízes, que também estão nos concelhos de Torres Novas e Abrantes. És portanto um bom conhecedor e apaixonado pela região. Foi isso que te levou a fazer esta aposta aqui?

Sempre fui apaixonado pela minha aldeia e criei uma nova atividade que ajuda a torná-la conhecida, o que é um grande prazer pois vivo num lugar tranquilo, rodeado pela natureza, o que poucas pessoas sabem. E quero que muitas outras pessoas venham a saber isso.


Além dos desportos radicais, há também uma forte aposta na área da restauração, em Arripiado, onde depois duma atividade no rio, se pode desfrutar de um bom gelado e uma bebida fresquinha. Outra aposta ganha?

Sim, a atividade de restaurantes e hotéis é importante para não deixar morrer a nossa linda aldeia. Temos o “Airblue Café”, na zona ribeirinha do Arripiado, onde, tal como disseste, podemos saborear excelentes gelados e muitas outras coisas.

 

E isto quer dizer que é um regresso definitivo a Portugal?

Definitivamente não sei! Mesmo. Só Deus sabe. No inverno trabalho em França, mas se estiver no caminho certo... Sim!


Quem quiser fazer uma inscrição, como o pode fazer?

O mais prático é mesmo fazerem uma visita ao nosso site, para ficarem a conhecer-nos um pouco melhor e onde estão todas as informações: www.padlleazul.com

 

Paulo Delgado

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