O homem de 54 anos, detido em Abrantes em dezembro do ano passado por abuso sexual de pessoa incapaz de resistência, foi condenado na terça-feira, dia 31 de outubro.
O Tribunal de Santarém condenou o antigo dirigente dos Escoteiros a quatro anos e três meses com pena suspensa. Segundo o jornal digital Rede Regional, “os juízes deram como provados quatro dos nove crimes de abuso sexual de pessoa incapaz de resistência agravados de que o arguido vinha acusado, (...) ficando ainda inibido de exercer qualquer atividade que envolva contacto com menores durante dois anos”.
Na altura da detenção, o diretor do Departamento de Investigação Criminal (DIC) de Leiria da PJ, Avelino Lima, indicou que os crimes foram cometidos contra um jovem do sexo masculino, portador de deficiências profundas. A vítima tem agora 18 anos e, segundo a Rede Regional, terá começado a ser abusado desde 2015, quando tinha apenas 10 anos.
No comunicado de dezembro de 2022, a PJ referiu que os factos ocorreram desde o final de 2019 até ao verão de 2022.
A denúncia do crime partiu dos responsáveis do Centro de Acolhimento Temporário (CAT) em Alferrarede, do Centro Social Interparoquial de Abrantes, onde a vítima residia por decisão judicial. No seguimento de processo disciplinar interno, “as conclusões e suspeitas foram comunicadas à PJ, que procedeu a diligências subsequentes, identificando o autor e recolhendo prova que o indiciava fortemente da autoria dos factos denunciados”.
De acordo com a PJ, o suspeito, que desempenhou funções no centro de acolhimento em regime de voluntariado, “tinha acesso aos menores, bem como às zonas privadas como quartos e casas de banho da instituição, tirando partido dessa situação para perpetrar os factos em investigação”.
O antigo dirigente dos Escoteiros de Abrantes estava em prisão domiciliária, com vigilância eletrónica, desde o dia 27 de dezembro, dia em que foi presente a um juiz de instrução criminal no Tribunal de Santarém.